Ministra do Meio Ambiente defende endurecimento da pena por incêndios florestais criminosos no Brasil

Ministra do Meio Ambiente defende endurecimento da pena por incêndios florestais criminosos no Brasil


O ministro declarou que, neste momento, qualquer incêndio florestal é caracterizado como crime

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ministro declarou que, neste momento, qualquer incêndio florestal é caracterizado como criminoso. (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

A ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, afirmou nesta terça-feira (17) que considera inadequadas as penas previstas na legislação brasileira para crimes ambientais como o uso do fogo para provocar incêndios florestais criminosos.

“Porque a pena de dois a quatro anos de prisão é leve e, quando a pena é leve, às vezes é transformada em algum tipo de pena alternativa e ainda há uma atitude de alguns juízes que flexibilizam completamente essa pena”, afirmou.

O ministro declarou que, neste momento, qualquer incêndio florestal é caracterizado como criminoso e representa uma ameaça ao meio ambiente, à saúde pública, ao patrimônio e à economia brasileira.

“Existe proibição do uso do fogo em todo o território nacional. Os últimos a emitir decreto de proibição de queimadas foram os estados de Rondônia e Pará, há cerca de uma semana e meia”, disse Marina.

Seca extrema

Segundo o ministro, das 27 unidades da Federação, apenas Rio Grande do Sul e Santa Catarina não enfrentam hoje seca extrema. “É como se tivéssemos uma situação de risco em todo o país”, disse ela.

Para o ministro, os criminosos aproveitam as mudanças climáticas, que têm provocado altas temperaturas e eventos climáticos extremos, para provocar incêndios e provocar a atual situação de incêndios no Brasil. “Existe uma aliança criminosa entre ideologias políticas que querem negar a questão das alterações climáticas”, observou ela.

Ela informou que o endurecimento da pena para provocar incêndios com intenção criminosa tem sido abordado pelo governo. Além disso, o ministro destacou que há projetos de lei tramitando no Congresso Nacional que tornam hediondo esse tipo de crime.

Para o ministro, investigar esse tipo de crime é bastante complexo pela velocidade com que o fogo se espalha neste cenário de seca, mas é preciso fazer um esforço para que os criminosos e quem os ordenou sejam punidos.