Ministra Cármen Lúcia toma posse como presidente do Tribunal Superior Eleitoral

Ministra Cármen Lúcia toma posse como presidente do Tribunal Superior Eleitoral


O juiz substitui Alexandre de Moraes na Justiça Eleitoral.

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O juiz substitui Alexandre de Moraes na Justiça Eleitoral. (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A ministra Cármen Lúcia, de 70 anos, assumiu, na noite desta segunda-feira (3), a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ministro Kassio Nunes Marques tomou posse como vice-presidente.

A solenidade, realizada na sede do Tribunal, marca a transferência do comando da Justiça Eleitoral do ministro Alexandre de Moraes, e também encerra sua gestão como membro do tribunal.

Moraes elogiou Cármen Lúcia antes de entregar o cargo.

“Com sabedoria, firmeza e sensibilidade, [Cármen] garantirá eleições livres, seguras e transparentes em 2024, fortalecendo cada vez mais a nossa sólida democracia”, afirmou.

A solenidade na sede do TSE contou com a presença dos presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do o Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, além do procurador-geral da República, Paulo Gonet.

No total, cerca de 350 convidados compareceram à posse do ministro. Esta é a segunda passagem de Cármen Lúcia no comando da Justiça Eleitoral. A ministra já presidiu o TSE entre abril de 2012 e novembro de 2013. Foi a primeira mulher a chefiar a Justiça Eleitoral, 80 anos após sua criação e a permissão para as mulheres votarem no Brasil.

Como presidente do TSE, Cármen Lúcia será responsável pela condução das eleições de outubro de 2024, quando serão eleitos prefeitos e vereadores nos municípios brasileiros.

Um dos principais desafios do juiz será manter a normalidade do processo diante do fenômeno da desinformação na internet, agravado pela popularização das ferramentas de inteligência artificial (IA).

Pelo relatório do ministro, o TSE aprovou uma regulamentação inédita sobre o uso de IA e aumentou a responsabilidade das chamadas big techs.

Cármen também deve prestar especial atenção ao cumprimento das cotas de género pelos partidos nas eleições, punindo casos de fraude.

Este ano, pela primeira vez, a disputa eleitoral contará com uma súmula aprovada pelo TSE consolidando a jurisprudência do tribunal em casos de irregularidades na divisão de candidaturas entre homens e mulheres.