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A Editorial Sul
| 19 de agosto de 2024
O governo decidiu reduzir despesas administrativas no Orçamento de 2025.
Foto: Divulgação
O governo decidiu reduzir despesas administrativas no Orçamento de 2025. (Foto: Divulgação)
A elaboração do Orçamento do próximo ano, cujo projeto deve ser enviado ao Congresso até o dia 30 deste mês, gerou uma crise entre os ministérios. Órgãos governamentais alegam que, com os cortes previstos pela equipa económica, os recursos indicados não serão suficientes para cobrir despesas, o que poderá prejudicar os serviços da Segurança Social e até causar falta de água e internet nos edifícios da Presidência. O governo decidiu reduzir despesas administrativas para tentar manter o valor liberado em 2024 para investimentos, priorizando obras em andamento e o Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC).
Procurado, o Ministério do Planejamento e Orçamento disse que não comentará antes de enviar o projeto ao Legislativo. Os cortes previstos para 2025 se somam ao congelamento de gastos de R$ 15 bilhões promovido este ano pelo governo, para tentar atingir metas fiscais. O aumento das despesas obrigatórias, como benefícios previdenciários e assistenciais, e o avanço das emendas parlamentares contribuem para agravar a situação.
A preparação do Orçamento do próximo ano provocou uma crise entre ministérios, com ameaças de paralisação das actividades e serviços públicos devido aos cortes planeados pela equipa económica. Organizações afirmam que os recursos do Orçamento para o próximo ano, cujo projeto deve ser enviado ao Congresso até o dia 30, não são suficientes – o que pode prejudicar desde os serviços da Previdência até causar falta de água e internet nos prédios da Presidência. da República.
O governo tenta manter em 2025 o mesmo valor liberado para investimentos neste ano, priorizando as obras em andamento e o Novo PAC. Mas, para o conseguir, decidiu cortar despesas administrativas dos ministérios e das autoridades locais. Os cortes planejados se somam ao congelamento de gastos de R$ 15 bilhões decretado este ano, em um esforço para tentar atingir as metas do quadro fiscal, e que dificilmente será revertido.
Em outra frente, o aumento das despesas obrigatórias – como benefícios previdenciários e assistenciais – e o avanço de emendas parlamentares agravam a situação. O governo e o Congresso adotaram uma manobra contábil que sacrificou a manutenção dos órgãos federais para aumentar as emendas que herdaram os espólios do chamado “orçamento secreto”.
O INSS, por exemplo, recebeu um orçamento preliminar de R$ 1,9 bilhão para 2025, e afirmou que o mínimo necessário para cobrir todas as despesas é de R$ 2,4 bilhões. O valor atualmente estipulado pelo governo “não será suficiente para cumprir os seus contratos em vigor até ao final do ano”, segundo afirmou a agência em ofício interno.
Um dos contratos ameaçados é com a Dataprev, que reúne um banco de dados com todos os benefícios da Previdência Social. Além disso, segundo o instituto, há risco de interrupção do atendimento das unidades e, no âmbito das fiscalizações, multas por descumprimento de ordens judiciais.
As despesas não obrigatórias do Poder Executivo, que incluem investimentos e financiamentos ao setor público, devem totalizar R$ 203,9 bilhões em 2025, segundo projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) 2025. investimentos, despesas administrativas, serviços públicos e emendas parlamentares.
Não há garantias, porém, de que o valor será mantido. Em 2024, essa fatia dos recursos da União sofreu um corte de R$ 8,4 bilhões entre o previsto no início do ano e o atualizado em julho. As informações são da AE.
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Ministérios reclamam de redução de financiamento e falam em paralisia de serviços
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