Ministério da Educação lança guias sobre uso de celulares em ambiente escolar

Ministério da Educação lança guias sobre uso de celulares em ambiente escolar


Os materiais aconselham sobre danos ao uso do dispositivo nas escolas

Foto: Arquivo/EBC

Os materiais aconselham sobre danos ao uso do dispositivo nas escolas

O MEC (Ministério da Educação) lançou, na sexta -feira (31), dois guias que lidam com o uso consciente de telefones celulares na escola: um focado em escolas em todo o país e na outra redes educacionais.

As publicações incentivam as conversas com os profissionais da educação e a definição de estratégias para colocar seus telefones e tablets celulares como parte do processo de aprendizado. Além disso, os documentos dão orientação prática sobre desafios, oportunidades e estratégias para o uso consciente de telefones celulares no ambiente escolar. De acordo com o Ministério da Educação, o foco está no uso pedagógico.

As publicações do MEC chegam após a sanção da lei nº 15.100/2025 em janeiro deste ano. A nova legislação regula o uso de dispositivos eletrônicos portáteis pessoais – smartphones e tablets celulares – durante aulas, recesso e intervalos em todas as etapas da educação básica. A proibição não se aplica ao uso pedagógico dos dispositivos.

O Ministro da Educação, Camilo Santana, alerta de danos causados ​​pelo uso excessivo desses equipamentos eletrônicos à aprendizagem e qualidade de vida dos estudantes. Camilo incentiva o uso consciente da tecnologia para fins pedagógicos. “Não queremos proibir o uso, mas proteger nossos filhos, contribuindo para a escola ser um ambiente de aprendizado e interação”, explicou o ministro.

Onde encontrar

Os novos materiais foram publicados na plataforma MEC Red de recursos educacionais digitais. O primeiro guia é chamado de “Consciência para o uso de telefones celulares na escola: por que precisamos falar sobre isso?” destinado a escolas.

O documento relata estudos que apontam que a presença simples de telefone celular perto do aluno pode impactar negativamente o aprendizado e o desenvolvimento de crianças e adolescentes e causar transtornos e dependência mental.

“Na escola, o uso prolongado do telefone celular diminui as oportunidades de interação social entre os alunos, prejudicando o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais”, diz o guia. Além de considerar que crianças e adolescentes podem estar mais expostos a conteúdo inadequado e situações de risco.

O segundo guia – é destinado às redes escolares em todo o país. Nas páginas, o leitor encontra exemplos de escolas públicas e privadas brasileiras e outros países que restringiram o uso de telefones celulares nas instalações das unidades de ensino, incluindo os momentos da recreação e intervalos entre as classes.

O material digital também explica que, com o planejamento pedagógico, intencionalmente, o telefone celular pode servir como uma ferramenta relevante para expandir o acesso à educação e enriquecer as práticas de ensino, especialmente em contextos de desigualdade. “A educação digital e de mídia são abordagens estratégicas para garantir que o uso dessas tecnologias não apenas apóie o acesso à educação, mas também desenvolva habilidades críticas, éticas e cidadãos no uso de meios de informações e dígitos”, argumenta o guia do MEC.