Médica sequestra bebê em Minas; criança é encontrada em Goiás

Médica sequestra bebê em Minas; criança é encontrada em Goiás


Após descobrir o desaparecimento da criança, a equipe revisou imagens de segurança e encontrou registros do autor entrando em um veículo vermelho. (Foto: Reprodução de vídeo)

A polícia localizou o bebê recém-nascido que foi levado do Hospital da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), no Triângulo Mineiro, na noite de terça-feira (23) por uma mulher, que se passou por pediatra da unidade. O responsável pelo sequestro é médico e foi preso em Itumbiara, Goiás, quando foi encontrada com a criança em sua própria clínica, a aproximadamente 134 quilômetros de distância.

A informação do resgate foi compartilhada pela delegada da Polícia Civil Lia Valechi nas redes sociais nesta quarta-feira (24) e, segundo ela, a criança foi levada para uma unidade de saúde e está em avaliação. A mulher, vestindo jaleco branco, boné, máscara, luvas pretas, óculos graduados, mochila amarela e crachá falso, deu entrada no hospital por volta das 23h23, alegando que estava cobrindo o turno de uma funcionária ausente.

Ela disse à mãe que levaria o bebê para mamar no copinho, pois o leite materno não havia chegado. Devido à demora, o pai foi atrás da menina e descobriu que ela não estava mais no hospital. A equipe de segurança, acionada após suspeitas de funcionários e da própria família, encontrou a mulher em um banheiro. Ela alegou que sua presença não era mais necessária e saiu às 23h54, levando o bebê. Após descobrir o desaparecimento da criança, a equipe revisou imagens de segurança e encontrou registros do autor entrando em um veículo vermelho.

O HC-UFU afirmou que poucos momentos após o ocorrido, a equipe do hospital acionou a Polícia Militar de Uberlândia e forneceu as imagens das câmeras de segurança solicitadas pela corporação. “O HC já iniciou uma investigação interna de todas as circunstâncias do caso e está colaborando com as investigações. A instituição coloca-se à inteira disposição das autoridades e dos familiares para a breve resolução do caso.” diz a nota.

O Conselho Federal de Medicina não quis comentar a situação, mas reiterou que não tolera a violência e os abusos cometidos por médicos e não médicos. Veja abaixo a nota na íntegra:

O Conselho Federal de Medicina (CFM) é órgão de julgamento em nível recursal. Para garantir a sua isenção, o CFM não comenta casos específicos. As reclamações e reclamações relacionadas aos médicos que exercem sua profissão poderão ser protocoladas no Conselho Regional de Medicina do estado onde ocorreram os fatos.

A partir daí, o CRM pode determinar a abertura de uma consulta. Confirmada a irregularidade, é instaurado um processo ético-profissional, durante o qual é garantido o direito à ampla defesa e ao contraditório. Depois, o caso é julgado e, em caso de condenação, o acusado fica suscetível às penas previstas em lei.

O CFM reitera ainda que é contra qualquer tipo de violência ou abuso praticado por médicos e não médicos, entendendo que cabe às autoridades competentes realizar investigações específicas para apurar responsabilidades nas esferas cível e criminal.