O Desastre do voo 2283 da Voepass de Vinhedo (SP) é a última a desanimar o Brasil.
Relembre, a seguir, outras tragédias aéreas que abalaram o país nas últimas décadas:
Caratinga, novembro de 2021
O cantor Marília Mendonça morreu na tarde de 5 de novembro de 2021, após a queda do avião em que ela estava.
O modelo de avião Beech Aircraft caiu momentos antes de pousar em uma cachoeira no distrito de Piedade de Caratinga, município de Caratinga em Minas Gerais.
A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu que negligência e imprudência foram as causas da morte das cinco pessoas que estavam no voo.
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No dia do acidente, a aeronave colidiu com uma torre de transmissão de energia não sinalizada.
Segundo a Polícia Civil, a sinalização não era obrigatória devido à altura das torres e à distância da zona de proteção do aeroporto, cabendo aos pilotos observar primeiro a proximidade de morros e antenas.
Além de Marília, que tinha 26 anos, morreram seu produtor, Henrique Ribeiro, seu tio e conselheiro Abicieli Silveira Dias Filho, o piloto Geraldo Martins de Medeiros e o copiloto Tarcísio Pessoa Viana.
Cerro El Gordo, Colômbia, 2016
O avião que transportava o Delegação Chapecoense para a primeira partida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional caiu na região de Antioquia, na Colômbia.
O avião levava a bordo 77 pessoas, entre atletas, comissão técnica e direção da equipe da cidade de Chapecó (SC), jornalistas e convidados, que seguiam para Medellín para a partida.
Entre passageiros e tripulantes, 71 pessoas morreram no acidente e seis foram resgatadas com vida.
As investigações sobre as causas do acidente concluíram que a aeronave não sofreu nenhum problema técnico e que a queda foi devido a uma falha a seco causada por falta de combustível.
Fernando de Noronha, maio de 2009
No dia 31 de maio de 2009, o voo 447 da Air France, que ia do Rio de Janeiro a Paris, caiu no Atlântico, a cerca de 600 quilômetros de Fernando de Noronha.
As 228 pessoas a bordo, incluindo 58 brasileiros, morreram.
O Airbus A330 desapareceu dos radares cerca de quatro horas depois de decolar do Aeroporto Internacional Tom Jobim.
Entre os mortos estavam os executivos Luiz Roberto Anastácio (Michelin) e Erich Heine (Thyssenkrupp CSA).
São Paulo, julho de 2007
No dia 17 de julho de 2007, um avião da TAM vindo de Porto Alegre não conseguiu parar na pista ao pousar no aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo.
A aeronave colidiu com um prédio de uma companhia aérea. No total, 199 pessoas morreram, sendo 186 a bordo e outras 13 em solo, tornando este o pior desastre aéreo já registrado em solo brasileiro.
Em 2015, a Justiça Federal de São Paulo absolveu os três acusados do acidente: o então diretor de segurança de voo da companhia aérea, Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro, o então vice-presidente de operações da TAM, Alberto Fajerman, e Denise Abreu, que na época era diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Mato Grosso, setembro de 2006
Em 29 de setembro de 2006, um jato Legacy colidiu com um Boeing da Gol na Floresta Amazônica.
O acidente resultou na morte de 154 pessoas, entre tripulantes e passageiros.
Foi o segundo acidente aéreo mais grave da história brasileira em número de vítimas.
Os pilotos do jato, os americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, sobreviveram após um pouso de emergência com o Legacy. Os dois foram condenados em 2011 pelo acidente, mas voltaram aos EUA e nunca cumpriram pena.
São Paulo, outubro de 1996
Na manhã do dia 31 de outubro de 1996, o voo 402, um TAM Fokker 100, decolou de Congonhas com destino ao Rio de Janeiro.
Apenas 24 segundos depois, caiu sobre oito casas da rua Luís Orsini de Castro, no bairro Jabaquara, zona sul de São Paulo.
Morreram 99 pessoas: 96 que estavam no avião e mais três em terra.
As investigações apontaram que a queda do avião foi causada por uma falha no reversor de uma das turbinas, que abriu durante a decolagem, fazendo com que o piloto perdesse o controle da aeronave.
Uma das asas do avião chegou a cortar parte de um prédio e arrebatar o telhado de uma casa de dois andares.
São Paulo, março de 1996
Na noite de 2 de março de 1996, o tempo estava nublado na Grande São Paulo e havia neblina em parte da Serra da Cantareira.
Por volta das 23h15, um jato executivo Learjet avançou sobre as árvores, atravessou a neblina e caiu na mata.
Nove ocupantes morreram: dois tripulantes, um segurança, um assistente de palco e os cinco integrantes da banda Mamonas Assassinas.
Viajaram Alecsander Alves (Dinho, 24 anos, vocalista, Alberto Hinoto (Bento), 26, guitarrista, Júlio Cesar Barbosa (Júlio Rasec), 28, tecladista, e os irmãos Samuel e Sérgio Reis de Oliveira (Samuel e Sério Reoli) , de 22 e 16 anos, baixista e baterista da banda.
Eles voltavam de um show em Brasília, o último de uma longa turnê pelo país.
A banda estava no auge do sucesso depois de estourar em 1995 e vender, em nove meses, mais de 1,2 milhão de discos.
A morte repentina chocou o país e milhões de fãs.
Serra da Aratanha, junho de 1982
No dia 8 de junho de 1982, um Boeing da Vasp que viajava de São Paulo para Fortaleza caiu na Serra da Aratanha, no norte do Ceará. Todos os 135 ocupantes morreram.
O comandante pediu autorização ao controle de tráfego aéreo para baixar a altitude do avião para aproximadamente 253 quilômetros de Fortaleza. Segundo as cartas de navegação, essa solicitação deveria ser feita a 159 quilômetros.
A tripulação estabilizou o avião nesta altitude. Alarmes soaram na cabine, mas o piloto os ignorou e pouco antes das 3h o Boeing caiu nas montanhas.
Orly, França, julho de 1973
Um voo da Varig que decolava do Rio de Janeiro caiu a quatro quilômetros do aeroporto de Orly, na França.
No total, 123 pessoas morreram e apenas onze sobreviveram — dez tripulantes e um passageiro.
O acidente chocou o país. Entre os mortos estavam o cantor Agostinho dos Santos, a atriz Regina Lécrery e o iatista Joerg Bruder.
O avião, um Boeing 707, fez um pouso de emergência em um campo de cebolas.
Os pilotos optaram por pousar ali porque houve um incêndio no interior da aeronave, na parte traseira.
As investigações concluíram que o incêndio começou em um dos banheiros, provavelmente por causa de um cigarro aceso deixado em um dos cestos.
Rio de Janeiro, fevereiro de 1960
Um avião da Royal Company colidiu com um avião quadrimotor da Marinha dos Estados Unidos no Rio de Janeiro. No total, 61 pessoas morreram.
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