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A Editorial Sul
| 14 de janeiro de 2025
Lula vetou trechos que, na visão do governo, impactaram o resultado primário das contas públicas
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Lula vetou trechos que, na visão do governo, impactaram o resultado primário das contas públicas. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, com vetos, o projeto que cria regras mais flexíveis para o pagamento das dívidas bilionárias dos Estados com o governo federal. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (14).
Lula vetou trechos que, na visão do governo, impactaram no resultado primário das contas públicas, ou seja, na busca pelo equilíbrio entre receitas e despesas em 2025 e nos próximos anos.
Esses trechos deverão ser analisados novamente pelo Congresso, que poderá, caso alcance um número mínimo de votos, restaurar as partes vetadas e incluí-las novamente no texto.
“A sanção presidencial reforça o compromisso com a resolução das dívidas do Estado, possibilitando a redução dos juros, o alongamento das dívidas e a utilização de activos para redução das dívidas, incentivando a gestão fiscal responsável e os investimentos em áreas prioritárias para o desenvolvimento do país. ”, informou o governo.
Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia antecipado esta posição do governo. Segundo ele, as alterações feitas pelo Congresso no projeto original não tiveram a aprovação da equipe econômica.
O valor da dívida dos Estados, segundo o Tesouro Nacional, foi de quase R$ 800 bilhões no ano passado. A maior parte do valor refere-se a quatro estados: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
O projeto recebeu o apoio do atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que deixará o cargo em duas semanas. Minas Gerais, estado que o elegeu, é um dos principais beneficiários da renegociação das condições dessas dívidas. O Estado deve cerca de R$ 163 bilhões à União, segundo a Secretaria da Fazenda de Minas Gerais.
O que a nova lei prevê
Pelas novas regras, os Estados poderão renegociar dívidas com desconto nos juros e parcelamento em até 30 anos com a União. Para isso, terão que comprovar o cumprimento de algumas regras de boa gestão. No modelo atual, as dívidas são corrigidas pelo menor valor entre a taxa básica de juros, a Selic, e a inflação oficial do país mais 4% ao ano.
O texto do projeto aprovado pelos parlamentares mantém o formato atual da taxa de juros (IPCA + 4%), mas prevê mecanismos para reduzir e até eliminar esses 4% adicionais. Os estados que comprovarem “boa situação fiscal” também terão direito a utilizar um fundo de “equalização federativa”.
A tentativa de renegociação das dívidas dos Estados ocorre pelo menos desde 1993. Em 1997, a União assumiu do mercado as dívidas dos entes. Depois, os Estados ficaram endividados com o Tesouro Nacional. A Lei de Responsabilidade Fiscal de 2000 trouxe mais rigidez ao punir os Estados que atrasam os pagamentos.
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Lula sanciona com vetos projeto de renegociação de dívidas de estados com o governo federal
14/01/2025
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