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A Editorial Sul
| 16 de novembro de 2024
A conversa foi a primeira reunião bilateral que o presidente realizou em preparação para a cimeira principal.
Foto: Divulgação/Planalto
A conversa foi a primeira reunião bilateral que o presidente realizou em preparação para a cimeira principal. (Foto: Divulgação/Planalto)
Após reunião com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, na manhã deste sábado (16), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que sugeriu que o G20 Social acontecesse nas próximas edições do encontro. A conversa foi a primeira reunião bilateral que o presidente realizou em preparação para a cúpula principal, que acontece no início da próxima semana, no Rio de Janeiro.
“Eu disse ao secretário-geral da ONU, @antonioguterres, que vamos dialogar com a próxima sede do @g20org para que adotem a prática de realizar o G20 Social, ouvindo as demandas dos movimentos sociais e da sociedade civil”, escreveu Lula no Twitter. Instagram após o encontro com Guterres.
Num vídeo publicado no seu perfil X, o presidente afirma ter convidado o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, para participar na cerimónia de encerramento da cimeira social para “motivá-lo a tornar o G20 social” no próximo ano. O país será sede do próximo encontro e, segundo o ministro Márcio Macedo, que chefia a Secretaria-Geral da Presidência do Brasil, já demonstrou interesse em realizar o evento.
Durante o encontro, o presidente esteve acompanhado do chanceler Mauro Vieira, do assessor especial da Presidência, Celso Amorim, e da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Por volta do meio-dia, Lula deixou o local do encontro e seguiu em direção à cerimônia de encerramento da cúpula social, que aconteceu no Boulevard Olímpico.
Minutos antes, a declaração final do G20 Social, lida este sábado por representantes da sociedade civil no Rio, defendia a “tributação progressiva dos super-ricos”, sublinhava que a democracia “está em risco quando as forças de extrema-direita promovem a desinformação” e exigia uma reforma do Conselho de Segurança da ONU, com maior participação dos países do Sul Global.
Após leitura, a carta foi aprovada por aclamação do público que compareceu à solenidade no Armazém 3, na Praça Mauá, formada por representantes de movimentos sociais. O documento foi lido pela secretária nacional da Mulher da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), Mazé Morais, que representou a sociedade civil brasileira na cerimônia.
O documento cita diretamente a reforma do conselho de segurança da ONU, para que reflita a “geopolítica contemporânea” e as aspirações dos países do chamado “sul global”. A demanda pela reforma dos organismos multilaterais e pela tributação dos super-ricos faz parte da agenda prioritária do Brasil e faz parte das negociações da Cúpula do G20. O consenso sobre a necessidade de tributar os multimilionários, no entanto, está em risco, uma vez que a Argentina recuou da sua posição anterior de apoio à questão.
Há a expectativa de que a defesa da tributação dos super-ricos também apareça na declaração final da cimeira do G20, apesar da resistência de última hora da Argentina, sob a presidência de Javier Milei.
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