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A Editorial Sul
| 26 de dezembro de 2024
Reunião acontece após Lira convocar reunião extraordinária de líderes para a tarde desta quinta
Foto: Agência Brasil
A reunião acontece após Lira convocar uma reunião extraordinária de líderes para a tarde desta quinta. (Foto: Agência Brasil)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), se reuniram na tarde desta quinta-feira (26) no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, em Brasília. Lira saiu do Alvorada pouco depois das 16h. O deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, também participou da pauta.
A reunião acontece após Lira convocar uma reunião extraordinária de líderes para a tarde desta quinta-feira, em meio ao embate pelo bloqueio de R$ 4,2 bilhões em emendas. A reunião foi registrada na agenda oficial do presidente da República logo após a entrada do carro do presidente da Câmara no Alvorada.
Lira voltou a Brasília no início da tarde para reunião extraordinária com lideranças. Inicialmente, a informação era que a reunião seria para discutir a eleição para cargos no Conselho de Administração. Os deputados, porém, deixaram claro que a questão principal é a determinação do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF). Além de impedir o pagamento de emendas, o magistrado determinou que a Polícia Federal apure possíveis irregularidades.
A determinação, publicada nesta segunda-feira (23), atendeu a um pedido do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Na semana passada, o deputado Glauber Braga (RJ) processou o Supremo alegando irregularidades na divulgação das emendas sem o devido processo.
A ação questiona a decisão do presidente da Câmara de suspender o funcionamento das comissões da Câmara. Com a decisão, algumas comissões temáticas não conseguiram deliberar sobre o destino das alterações da comissão.
O partido também contesta carta, assinada por 17 dirigentes partidários, com pedido de pagamento de mais de 5,4 mil emendas, com inclusão de novas indicações (no valor de R$ 180 milhões), das quais um total de R$ 73,8 milhões são direcionados a Alagoas, estado de Lira. No documento, 17 líderes aparecem solicitando as alterações.
Na decisão, Dino afirma que houve “patrocínio” das emendas por parte de líderes partidários, o que na prática impede a identificação dos parlamentares que efetivamente fizeram os pedidos de distribuição. O ministro também determinou a abertura de inquérito pela Polícia Federal para apurar a captura das emendas da comissão. Segundo Dino, numa primeira análise, os factos “vão muito além da Constituição, pois não se trata de um exercício normal de autonomia institucional nem de uma saudável celebração de pactos políticos”.
A decisão menciona a Operação Overclean, que investiga suspeitas de desvios de emendas em diversos estados. Em uma das ações, a Polícia Federal flagrou dinheiro sendo transportado em um jato que voava de Salvador para Brasília. E uma operação lançada nesta segunda prendeu políticos do interior da Bahia, além de um policial federal.
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