Lula diz que em Gaza direito de defesa se transformou em vingança

Lula diz que em Gaza direito de defesa se transformou em vingança


O petista fez as declarações durante discurso na reunião do G7.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O petista fez as declarações durante discurso na reunião do G7. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (14) que, na Faixa de Gaza, onde se enfrentam terroristas do Hamas e militares israelenses, o legítimo direito de defesa foi transformado em “direito de vingança”.

O petista fez as declarações durante discurso na reunião do G7 – grupo que reúne as nações democráticas mais ricas do mundo – na Itália. Lula participou do encontro como convidado.

Fazem parte do G7: Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão.

A declaração do presidente brasileiro não foi veiculada nas redes oficiais do governo federal. A Secretaria de Comunicação (Secom) distribuiu à imprensa a transcrição do que o petista disse na reunião.

Lula, que é defensor da reforma no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), afirmou que as “instituições de governança” são “inoperantes” diante das crises geopolíticas e “perpetuam privilégios”.

“O ano de 2023 viu os gastos com armamentos aumentarem em comparação com 2022, atingindo 2,4 biliões de dólares. Em Gaza, vemos o direito legítimo de defesa se transformar em direito de vingança”, declarou o presidente brasileiro, segundo divulgado pelo governo.

A guerra entre Israel e o Hamas começou em outubro do ano passado, após um ataque do grupo terrorista em território israelense.

Ucrânia e Rússia

O presidente brasileiro também comentou o conflito entre Ucrânia e Rússia no Leste Europeu. Segundo divulgado pelo governo brasileiro, no discurso, Lula defendeu mais uma vez uma ação conjunta dos países pela paz, com a participação das duas nações em conflito.

“O Brasil condenou firmemente a invasão da Ucrânia pela Rússia. Já está claro que nenhuma das partes será capaz de alcançar todos os seus objetivos através de meios militares”, disse ele.

Lula já havia defendido essa ideia na quinta-feira, na Suíça, quando sugeriu que, se os presidentes Volodymyr Zelensky (Ucrânia) e Vladimir Putin (Rússia) não conversarem, é sinal de que “estão gostando da guerra”. Caso contrário, os dois países já teriam encontrado uma solução pacífica.

Lula usou o argumento da negociação com representantes da Ucrânia e da Rússia para justificar sua ausência em uma reunião de países convocada pelo governo suíço para discutir a guerra.