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A Editorial Sul
| 29 de outubro de 2024
A filha de Marielle, Luyara Franco, afirma que o julgamento é a resposta essencial para a família e a sociedade.
Foto: Divulgação/Instituto Marielle Franco
A filha de Marielle, Luyara Franco, afirma que o julgamento é a resposta essencial para a família e a sociedade. (Foto: Divulgação/Instituto Marielle Franco)
Seis anos depois do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, os acusados da execução, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, serão finalmente julgados. A audiência está marcada para esta quarta-feira (30), no Fórum Central, no Rio de Janeiro. A filha de Marielle, Luyara Franco, de 25 anos, afirma que o julgamento é a resposta essencial para a família e a sociedade.
Segundo a jovem, a demora em ter essa resposta significa “um aval ao Estado para que outros ataques às mulheres negras continuem a ocorrer”, acredita ela, referindo-se às recentes ameaças contra parlamentares como Talíria Petrone, Renata Souza e Tainá de Paula.
Em entrevista, Luyara afirmou estar ansiosa pelo que chama de “o passo mais importante desde 14 de março de 2018”, destacando, porém, que este é apenas “o primeiro passo”. O julgamento dos mandantes, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, presos desde março deste ano, ainda não tem data definida.
“Este julgamento é importante para garantir a responsabilização dos autores, a indemnização da família e, sobretudo, para evitar que este episódio se repita. Mas a justiça seria que minha mãe estivesse aqui”, afirma Luyara. Ela é formada em Educação Física pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e atua desde abril deste ano como diretora do Instituto Marielle Franco.
Além de Luyara, estarão presentes ao tribunal a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e os pais de Marielle, Antônio e Marinete Franco. O Instituto Marielle Franco considera este júri “um dos momentos mais importantes da nossa democracia nas últimas décadas” e organizou o evento “Amanhecer para Marielle e Anderson”, previsto para começar às 7h em frente ao Tribunal de Justiça do Rio.
“Estamos falando da execução de dois trabalhadores brasileiros que voltavam para casa após um dia de trabalho; um deles, um parlamentar escolhido pelo povo, eleito com mais de 46 mil votos, que lutou incansavelmente pelos direitos da população”, lembra.
Na semana passada, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, apontados como mandantes do crime, prestaram depoimento no Supremo Tribunal Federal. Chiquinho chegou a declarar que “preferia ter morrido no lugar do vereador”. Luyara comentou o depoimento com dificuldade: “É muito difícil ouvir algo assim. Além da dor e da saudade, temos que ouvir uma frase como essa.” Ela reiterou que a resposta definitiva virá com o julgamento dos responsáveis.
Apesar de reconhecer o progresso, com os autores e autores do crime presos e enfrentando julgamento, Luyara reforça que a luta continua: “Enquanto houver uma mulher sofrendo ameaças, enquanto um parlamentar negro tiver medo de exercer o seu mandato, essa luta não vai acabar”, falou.
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“Justiça seria que minha mãe estivesse aqui”, diz filha de Marielle Franco
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