Juiz manda Pablo Marçal apagar vídeo em que acusa Ricardo Nunes de agredir a esposa

Juiz manda Pablo Marçal apagar vídeo em que acusa Ricardo Nunes de agredir a esposa


O candidato do PRTB questionou se Ricardo Nunes terá batido na mulher, Regina Nunes, “com a mão fechada ou aberta”. (Foto: Reprodução)

A Justiça Eleitoral de São Paulo determinou que a campanha de Pablo Marçal,
Candidato do PRTB a prefeito da capital, exclua de seus perfis nas redes sociais vídeos em que acusa o prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, de agredir a esposa.

A campanha de Nunes foi à Justiça contra o influenciador, que nos últimos dias vem explorando em debates e declarações à imprensa um recorde de violência doméstica a partir de 2011. O vídeo, alvo da decisão, foi gravado e publicado ontem por Marçal durante uma entrevista. coletiva de imprensa ao sair do Hospital Sírio Libanês, onde foi atendido após ser agredido pelo candidato José Luiz Datena (PSDB), no debate da TV Cultura.

Na decisão, o juiz Murillo d’Ávila Vianna Cotrim diz que Marçal faz uma “acusação ofensiva e falsa” sobre o caso, além de usar expressões insultuosas, como “canalha”. “As declarações prestadas nas redes sociais do arguido constituem um ataque pessoal”, escreve o juiz eleitoral da 2ª Zona Eleitoral. Segundo Cotrim, esse tipo de conduta viola dispositivos de resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que estabelece regras sobre propaganda eleitoral.

A campanha de Marçal ainda se manifestará no processo, mas o juiz acatou o pedido de retirada imediata do conteúdo devido à “rápida disseminação” do
publicação. Como o vídeo tem mais de 10 minutos de duração e trata de outros
assuntos, o Cotrim permite que o conteúdo seja editado e republicado, sem a parte que cita Nunes.

A decisão sai nesta terça-feira (17). Marçal voltou ao assunto durante
debate entre os candidatos promovido pela Rede TV e pelo portal UOL. O prefeito
lhe foi concedido o direito de resposta e, como disse em outras ocasiões, disse que amava sua esposa, Regina Carnovale.

Em 2011, Regina registrou boletim de ocorrência contra Nunes por violência doméstica, ameaças e insultos. O caso foi revelado em 2020, quando o então vereador disputava a vice na chapa de Bruno Covas (PSDB), e nesta campanha foi mais uma vez explorado por adversários. A existência do BO foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo e pela Polícia Civil, após o prefeito afirmar que o documento havia sido falsificado. Segundo a SSP, o caso não seguiu porque Regina não formalizou representação contra Nunes.

Após o debate de terça-feira, a esposa do prefeito publicou um vídeo em que
repudia as declarações de Marçal e nega ter sido agredido.