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A Editorial Sul
| 11 de janeiro de 2025
Além da imagem, o petista publicou um longo texto em defesa dos irmãos Brazão. (Foto: Reprodução)
A primeira-dama Rosângela Lula da Silva reagiu com uma mensagem de solidariedade à ministra Anielle Franco (Igualdade Racial) após o vice-presidente nacional do PT, o prefeito de Maricá (RJ) Washington Quaquá, postar uma foto ao lado de familiares de Domingos Brazão e Chiquinho Brazão, preso no ano passado acusado de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco.
Sem citar Quaquá, Janja escreveu no Instagram, na noite de quinta-feira, que “é um desrespeito à memória de Marielle Franco e Anderson, e a toda a luta de suas famílias por justiça, promover desinformação nas redes sociais sobre o andamento do caso”. .
“Domingos e Chiquinho Brazão, nos termos da lei, estão presos e aguardando julgamento, em razão da acusação do Procurador-Geral da República de que foram os mandantes do assassinato de Marielle e Anderson”, publicou a primeira-dama, ao lado de uma foto do vereador assassinado. “À minha amiga @aniellefranco, dona Marinete e toda família, meu mais sincero abraço, e meu pesar pelo mau uso da memória de Marielle”, completou.
Além da imagem publicada ao lado dos familiares Brazão, Quaquá escreveu um longo texto em defesa dos dois. O petista disse que recebeu “com muita dor no coração, mas muita consideração e solidariedade, a esposa e os filhos de Domingos Brazão”, antes de evocar a suposta inocência do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE -RJ) e o deputado federal.
Segundo o petista, “usaram a família Brazão como bucha de canhão para até esconder o fato de que o brutal assassino (Ronnie Lessa) estava um dia depois no condomínio onde moram Bolsonaro e seu filho. Isso foi deixado de fora da investigação!”
Em resposta, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, pediu a Quaquá que “tirasse da boca o nome da minha irmã” e disse que entraria em contato com a Comissão de Ética do partido. Além de Anielle, que ingressou no PT em 2024, a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, se manifestou e repudiou os comentários do líder, chamando a posição de Quaquá de “exclusivamente pessoal”.
Questionado sobre as posições de Janja e Anielle após a publicação, Quaquá disse que não comentaria a resposta dada pela primeira-dama em respeito ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Sobre o ministro da Igualdade Racial, o vice-presidente do PT disse: “se tem alguém na esquerda que se aproveita da morte da Marielle, não sou eu”.
“Só acho que por respeito à memória de uma vereadora negra, de esquerda, que foi brutalmente assassinada, deveríamos ir mais fundo na busca pela verdade. Além disso, não permitir que o assassino tenha privilégios e redução de pena por acusação sem provas”, disse Quaquá.
Divisão em PT
A posição de Quaquá em defesa do Brazão causou divisão entre os petistas, que defendem punições diferenciadas para o líder. Uma ala, liderada pelo secretário-executivo do Fórum de São Paulo Valter Pomar, defende a expulsão do prefeito do partido. Há também quem prefira o seu afastamento da vice-presidência do partido e quem acha que ele não deveria ser punido.
Segundo interlocutores petistas, uma análise do caso pela comissão de ética petista, acionada por Anielle, precisa ser aprovada pela maioria do diretório nacional e tende a demorar. O partido terá eleições internas em julho, que renovarão a sua liderança.
Quaquá chamou Pomar de “imbecil” e “dinossauro soviético”. O vice-presidente afirmou ainda que o PT é um partido democrático que aceita posições divergentes dos seus membros.
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Janja reage após vice-presidente do PT posar com familiares envolvidos na morte de Marielle Franco: “Desrespeito à memória dela”
11/01/2025
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