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A Editorial Sul
| 3 de janeiro de 2025
O Ibovespa, principal índice de ações da B3, acumulou queda de 10,36% em 2024.
Foto: EBC
O Ibovespa, principal índice de ações da B3, acumulou queda de 10,36% em 2024. (Foto: EBC)
Os investidores estrangeiros retiraram R$ 24,2 bilhões em recursos da bolsa brasileira, B3, em 2024, o pior resultado anual em nove anos, segundo pesquisa da Elos Ayta.
Desde 2016, primeiro ano considerado na pesquisa, o saldo anual de recursos externos em Bolsa só foi negativo em três ocasiões: 2018, 2019 e 2024.
Por outro lado, os anos de 2016, 2017, 2020, 2021, 2022 e 2023 foram marcados por elevada entrada de recursos externos na B3. O destaque foi 2022, ano em que foram flexibilizadas as medidas de isolamento social adotadas durante a pandemia, o que contribuiu para a retomada da atividade econômica no país.
O contraste entre os anos com resultados positivos e negativos é, sobretudo, a percepção externa sobre a condução das políticas econômicas no Brasil, explica Einar Rivero, CEO da Elos Ayta.
“Os momentos de maior entrada de capitais estão normalmente associados à recuperação económica, à estabilidade política e à confiança no ambiente regulatório. Por outro lado, saídas recordes, como as de 2024, podem refletir um cenário de incerteza que afeta a percepção dos investidores externos”, comenta.
Rivero destaca que o fluxo de recursos externos também é um “termômetro da atratividade do mercado brasileiro no mercado internacional” e que o desempenho da B3 mostra a temperatura da “saúde econômica e política do Brasil”.
O Ibovespa, principal índice de ações da B3, acumulou queda de 10,36% em 2024.
Ao longo do ano, a entrada de capital estrangeiro só foi superior à saída nos meses de julho, agosto e setembro. Nos outros oito meses, houve maior saque de dinheiro.
Segundo Rivero, esta análise mensal revela um contraste com os desempenhos registados em 2022, quando dez meses tiveram saldo positivo, e 2023, com seis meses de maior entrada do que saída.
A forte alta do dólar, a aceleração da inflação, a expectativa de taxas de juros mais altas e mais longas e, principalmente, a deterioração do cenário fiscal – com o mercado duvidando da capacidade do governo de equilibrar as contas públicas – foram os fatores que mais contribuíram para a saída dos investidores do mercado acionário nacional.
“Os números de 2024 reforçam a necessidade de políticas públicas e privadas que tornem o mercado financeiro brasileiro mais resiliente e atrativo ao capital estrangeiro”, aponta Rivero. (AG)
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Investidores estrangeiros sacam R$ 24,2 bilhões da Bolsa brasileira em 2024, pior resultado em nove anos
03/01/2025
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