Influenciador tem parte do crânio guardada no abdômen por causa de acidente

O influenciador João Victor da Silva Cristofoli, 25 anos, morador de Toledo no Paraná, ganhou grande visibilidade nas redes sociais ao compartilhar uma experiência única: após sofrer um grave acidente de monociclo, uma parte de seu crânio ficou temporariamente armazenada em seu abdômen. O procedimento foi essencial para sua recuperação.

João Victor, mais conhecido como João Cris, estava entregando produtos quando sofreu o acidente. A queda resultou em múltiplas fraturas, incluindo traumatismo cranioencefálico grave que causou inchaço crítico no cérebro. Para evitar complicações mais graves, os médicos realizaram um procedimento cirúrgico delicado.

Como aconteceu o acidente com João Victor?

João Cris usava monociclo para fazer entregas quando caiu. Esse acidente causou fraturas por todo o corpo, mas a mais grave foi o traumatismo cranioencefálico, que levou ao inchaço do cérebro. A situação exigiu uma intervenção médica rápida para evitar maiores danos.

Os médicos optaram por um procedimento chamado craniotomia descompressiva, em que parte do osso do crânio, a calota craniana, é removida. Esta decisão permitiu a redução do inchaço cerebral, crucial para a sobrevivência de João.

Qual foi o procedimento realizado?

Para diminuir o inchaço no cérebro, a calota craniana de João foi retirada temporariamente e armazenada em seu abdômen por três meses. Nesse período, João Cris compartilhou cada passo de sua recuperação nas redes sociais, recebendo enorme apoio de seus seguidores.

“As pessoas torciam muito por mim, sempre curiosas sobre a cirurgia. Fico feliz em mostrar que, se sobrevivi e continuei lutando, posso servir de inspiração para quem passou por algo parecido”, disse João em entrevista ao portal G1.

Por que o osso foi armazenado no abdômen?

Kelly Cristina Bordignon, neurocirurgiã responsável pelo tratamento de João, explicou que armazenar o osso no abdômen é uma medida tomada devido à falta de bancos de ossos em muitos hospitais. Este método protege o osso de infecções e facilita sua reintegração posterior ao crânio.

Segundo o médico, a parte do crânio retirada fica armazenada em uma camada subcutânea com pouca gordura. Isso é feito para garantir que o osso permaneça protegido e pronto para ser reposicionado na cabeça quando a condição do paciente permitir.

Como foi a recuperação do João?

Após o acidente, João Cris ficou nove dias em coma. Ao acordar, foi transferido para um quarto normal do hospital. Ele ficou internado por um mês antes de receber alta, com o osso craniano ainda no abdômen. Além do traumatismo craniano, ele sofreu lesões nos joelhos.

Após três meses, os médicos reposicionaram a calota craniana com pequenos parafusos, completando o processo de recuperação física de João. Todo o percurso até à recuperação foi partilhado por João, que fez questão de manter os seus seguidores informados.

Desafios e Superação

O caso de João Cris é um exemplo notável de superação de circunstâncias adversas. Através das redes sociais, ele pôde não apenas compartilhar sua jornada de recuperação, mas também inspirar muitas pessoas que passavam por situações semelhantes.

– O procedimento de craniotomia descompressiva é fundamental para reduzir a pressão no cérebro;
– Armazenar a calota craniana no abdômen ajuda a proteger o osso de infecções;
– João Cris usou sua experiência para inspirar e informar seus seguidores;
– Após nove dias em coma, João iniciou um longo processo de recuperação;
– O acompanhamento próximo da equipe médica foi fundamental para a recuperação completa.

Este evento e sua divulgação nas redes sociais sensibilizaram muitas pessoas, além de fornecer informações educativas sobre procedimentos médicos raros e complexos. João Cris mostrou que mesmo nos momentos mais difíceis é possível encontrar forças para continuar lutando e inspirando outras pessoas pelo caminho.