Ibovespa bate novo recorde histórico e fecha acima dos 136 mil pontos; dólar avança

Ibovespa bate novo recorde histórico e fecha acima dos 136 mil pontos; dólar avança


Na máxima do dia, a B3 chegou aos 136.330 pontos.

Foto: Agência Brasil

Na máxima do dia, a B3 chegou aos 136.330 pontos. (Foto: Agência Brasil)

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, o B3, operou em baixa na manhã desta terça-feira (20), mas começou a subir e, no fechamento, atingiu novo recorde histórico, atingindo 136.087 pontos. Na máxima do dia, chegou a 136.330 pontos. Nesta segunda-feira, o Ibovespa registrou recorde histórico de fechamento, aos 135.778 pontos, e zerou as perdas acumuladas em 2024.

O dólar subiu 1,35%, cotado a R$ 5,4846. Com isso, a moeda americana acumulou alta de 0,31% na semana; queda de 3% no mês; e um aumento de 13,03% no ano. Na véspera, a moeda americana caiu 1,03%, cotada a R$ 5,4114.

Os investidores seguem atentos e otimistas com o cenário das taxas de juros nos Estados Unidos. A expectativa é que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) comece a cortar a taxa de juros americana, o que beneficia os investimentos no mercado de ações.

Nas últimas semanas, os mercados em todo o mundo têm estado dinâmicos. O clima continua positivo, enquanto dois eventos nos próximos dias poderão trazer ainda mais clareza sobre quais serão os próximos passos do Fed em relação às taxas de juros nos Estados Unidos. Nesta quarta-feira (21), a instituição divulga a ata de sua última reunião, que traz mais informações sobre o que os líderes estão observando e pensando sobre a economia — e se realmente deveriam cortar os juros.

Na sexta-feira (23), os investidores ficarão atentos ao discurso do presidente da instituição, Jerome Powell, no Simpósio de Política Econômica de Jackson Hole. Aí, deverá partilhar uma visão mais detalhada que a Fed tem sobre os dados económicos dos EUA, que também influenciam a decisão sobre a taxa de juro prevista para Setembro.

No cenário interno, os investidores ecoam as declarações das autoridades. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, discursaram em convenção do banco BTG Pactual. As declarações de Campos Neto, em especial, contribuíram para a valorização do dólar.

“Ele disse que a elevação da taxa Selic em setembro é uma possibilidade, mas não um compromisso do Copom de aumentar os juros, que já estava precificado pelo mercado”, afirma.

A questão fiscal continua no centro das atenções, enquanto o mercado tem dúvidas sobre a capacidade do governo de pagar as suas contas em 2024.

Para tranquilizar estas percepções, o secretário executivo do Ministério do Planeamento e Orçamento, Gustavo Guimarães, afirmou esta segunda-feira que a área económica do governo dispõe de todas as ferramentas necessárias para cumprir a meta fiscal de défice zero para 2024 (ou seja, quando o valor da despesa não não exceda a receita) e que proporá “em breve” que todos os setores do governo revejam seus gastos com políticas públicas.

“Temos todos os instrumentos para atingir o objetivo. Obviamente dentro de um cenário de risco que não tem riscos muito fora da curva ou inesperados”, afirmou.

O secretário citou as enchentes no Rio Grande do Sul e seus efeitos como exemplo de choque imprevisível, mas disse que a secretaria não vê riscos da mesma magnitude no cenário atual.