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A Editorial Sul
| 19 de dezembro de 2024
O objetivo é unir esforços e compromissos para ampliar a causa do combate à violência contra mulheres e meninas. (Foto: Daniel Kazeil/Conab)
Um Manifesto Nacional de Mobilização de Homens Públicos pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas foi lançado no Palácio do Planalto, em Brasília, reunindo autoridades dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, incluindo o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. A iniciativa foi liderada pelo presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, que está envolvido na causa desde 2011. O evento foi promovido pelo Movimento Mundial HeForShe (HeForShe), ONU Mulheres, Conab e Ministério da Saúde. Mulheres, e contou também com a presença da ministra Cida Gonçalves e da representante interina da ONU Mulheres no Brasil, Ana Carolina Querino.
O objetivo é unir esforços e compromissos para ampliar a causa do combate à violência contra mulheres e meninas. A ideia é incentivar figuras públicas a lançarem manifestos em todos os estados do país e pactuarem ações que possam contribuir para a redução dos casos de violência. “Há um entendimento de que a violência contra as mulheres é perpetrada por homens. Daí a necessidade de reconhecer o machismo enraizado na sociedade. Esta realidade violenta exige um compromisso ativo dos homens, que muitas vezes escolhem o caminho mais confortável, perpetuando o sofrimento feminino. É isso que queremos mudar”, afirma Pretto.
Entre as autoridades que assinaram o documento, além de Pretto e Alckmin, estão o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Rogério Schietti Cruz; os ministros do governo Lula, Wellington Dias (MDS) e Paulo Pimenta (Secom); o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli; parlamentares e representantes de autoridades estaduais e federais. Do Rio Grande do Sul, deputados da bancada federal do PT também aderiram ao manifesto; senador Paulo Paim; o defensor público geral do Estado, Nilton Leonel Arnecke Maria, que representou o Conselho Nacional dos Defensores Públicos Gerais (Condege); e o juiz militar Fábio Duarte Fernandes, que representou a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).
Segundo informações do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, o Brasil registrou um estupro a cada seis minutos em 2023, sendo 70% das vítimas meninas menores de 14 anos e 64% dos agressores familiares. Além disso, 1.467 mulheres foram mortas por serem mulheres. No ranking dos cinco estados com maior índice de feminicídios estão São Paulo (221), Minas Gerais (183), Bahia (108), Rio de Janeiro (99) e Rio Grande do Sul (87).
Por meio do manifesto, os signatários declaram apoio incondicional às vítimas e se comprometem a promover iniciativas e ações de combate à violência, além de fortalecer organizações e políticas públicas para proteger e respeitar os direitos de mulheres e meninas. O manifesto também simboliza a mobilização dos homens públicos pelo Feminicídio Zero e pela atuação em situações de abuso e violência, promovendo uma cultura de respeito e igualdade em todos os espaços.
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Homens públicos lançam manifesto nacional para acabar com a violência contra as mulheres
19/12/2024
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