Guilherme Boulos pede à Justiça suspensão de redes de Pablo Marçal e investigação por falsificação de documento

Guilherme Boulos pede à Justiça suspensão de redes de Pablo Marçal e investigação por falsificação de documento


Na ação apresentada à Justiça Eleitoral às 3h51 deste sábado, os advogados de Boulos afirmaram que o documento publicado por Marçal é falso.

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Na ação apresentada à Justiça Eleitoral às 3h51 deste sábado, os advogados de Boulos afirmaram que o documento publicado por Marçal é falso. (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O candidato do PSOL a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos, foi à Justiça neste sábado (6) para pedir liminar para suspensão das redes sociais de seu adversário Pablo Marçal (PRTB) após publicação com suposta denúncia indicando uso de cocaína pelo deputado federal.

Os advogados do parlamentar pedem a suspensão das redes sociais de Marçal – que já são provisórias após ação que aponta suposta monetização de contas oficiais -, além de enviar os arquivos ao Ministério Público Eleitoral (MPE) para apuração de falsificação de documentos e multa de R$ R$ 30 mil ao final da ação.

A imagem publicada por Marçal em seu perfil no Instagram – que foi retirada da rede social cerca de uma hora após a publicação – apresenta uma suposta receita médica que alegaria que Boulos teria sido encaminhado para uma emergência psiquiátrica em 2021, por uso de cocaína.

Na ação apresentada à Justiça Eleitoral às 3h51 deste sábado, os advogados de Boulos afirmaram que o documento publicado por Marçal é falso. “Trata-se de um tratamento médico inexistente que teria ocorrido em 19 de janeiro de 2021, informando que o candidato peticionário havia se apresentado ‘com grave episódio psicótico, em delírio persecutório e ideias homicidas’, com exame que indicaria um resultado positivo para o uso de cocaína. O documento é falso, uma invenção criminosa criada para atrapalhar a normalidade do pleito eleitoral”, afirmaram Francisco Prado Filho e Danilo de Morais.

Os advogados mencionaram ainda que a criação da história de que Boulos usaria cocaína foi alvo de 12 ações na Justiça Eleitoral desde o debate da Band TV, quando Marçal fez a primeira insinuação pública. “Trata-se de um documento falso, fabricado com o único objetivo de ‘sustentar’ a postura criminosa do representado e vincular a imagem do deputado ao uso de entorpecentes, atrapalhando a eleição e violando a normalidade do processo democrático às vésperas de a eleição eleitoral. ”, afirmaram os advogados.

Luiz Teixeira da Silva Junior, proprietário da clínica Mais Consulta, que aparece no documento de Marçal, foi condenado pela Justiça Federal por falsificação de documentos para obtenção de registro profissional no Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul, após ser denunciado pelo Ministério Público Federal em 19 de dezembro de 2017. Teixeira teria falsificado diploma e registros de graduação em medicina para solicitar registro no CRM. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.