Governo brasileiro condena perseguição a opositores de Nicolás Maduro na Venezuela

Governo brasileiro condena perseguição a opositores de Nicolás Maduro na Venezuela


O governo brasileiro “deplora os recentes episódios de prisões, ameaças e perseguições de opositores políticos” por parte do regime de Maduro.

Foto: Reprodução

O governo brasileiro “deplora os recentes episódios de prisões, ameaças e perseguições de opositores políticos” por parte do regime de Maduro. (Foto: Reprodução)

O Itamaraty divulgou nota neste sábado (11) afirmando que o Brasil acompanha “com grande preocupação” as denúncias de violações de direitos humanos por opositores de Nicolás Maduro na Venezuela.

Na sexta-feira (10), Maduro tomou posse para seu terceiro mandato como presidente do país vizinho. A cerimónia ocorreu após um processo eleitoral turbulento, contestado por países e organismos internacionais devido à falta de transparência.

O Brasil exigiu a publicação dos registros eleitorais. Embora Lula tenha afirmado repetidamente que não reconhece a vitória de Maduro, o governo enviou a embaixadora Gilvânia Oliveira ao evento de inauguração em Caracas, Venezuela. O presidente brasileiro ainda não comentou o acontecimento.

Na nota publicada neste sábado, o Itamaraty afirma que o governo brasileiro “deplora os recentes episódios de prisões, ameaças e perseguições a opositores políticos” por parte do regime de Maduro.

No entanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros diz reconhecer “gestos de distensão por parte do governo Maduro – como a libertação de 1.500 detidos nos últimos meses e a reabertura do Gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos em Caracas”.

Ainda no documento, o governo brasileiro destaca que, para que exista um regime democrático, é necessário garantir aos líderes da oposição direitos “elementares”, como o direito de ir e vir e a liberdade de expressão, “com garantias de sua integridade física”. .

“O Brasil também insta as forças políticas venezuelanas a dialogar e buscar o entendimento mútuo, baseado no pleno respeito aos direitos humanos, com vistas à resolução de controvérsias internas”, conclui o comunicado.

Na quinta-feira (9), a líder da oposição María Corina Machado afirmou ter sido detida durante uma manifestação contra Maduro. Ela teria sido libertada momentos depois. A oposição venezuelana denunciou a prisão arbitrária de pessoas contra o regime de Maduro, que classifica como sequestro.

Uma das últimas vítimas foi o genro de Edmundo González, detido por homens encapuzados na segunda-feira (6). González concorreu contra Maduro nas eleições realizadas em julho do ano passado.

Esta sexta-feira, Lula e o presidente da França, Emmanuel Macron, apelaram a Maduro para retomar o diálogo com a oposição. Os dois líderes reforçaram o seu apoio ao povo venezuelano e destacaram a necessidade de restaurar a democracia e a estabilidade no país.

Lula e Macron também condenaram a tentativa de prisão de María Corina Machado e afirmaram que os direitos de manifestação e reunião devem ser plenamente respeitados na Venezuela. Exigiram também a libertação imediata de todas as pessoas detidas pelas suas opiniões ou actividades políticas. As informações são do portal de notícias g1.