Governo agora diz que caiu o número de jovens que não estudam, não trabalham nem procuram emprego

Governo agora diz que caiu o número de jovens que não estudam, não trabalham nem procuram emprego


O governo analisou dados sobre jovens nem nem nem. (Foto: Freepik)

O Ministério do Trabalho e Emprego corrigiu nota publicada esta semana sobre a estimativa de jovens que não estudam, não trabalham nem procuram trabalho, denominados nem-nem-nem jovens. O balanço divulgado inicialmente indicava aumento do indicador, que, de fato, diminuiu este ano.

Na nota anterior, o ministério havia divulgado que o total de jovens entre 14 e 24 anos que não estudam, nem trabalham, nem procuram trabalho no primeiro trimestre de 2024 era de 5,4 milhões, porém, após reprocessamento, constatou-se que o O número real é de 4,6 milhões de jovens, com uma diminuição de 0,95% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 4,8 milhões de jovens não estavam estudando, trabalhando ou procurando trabalho.

A pesquisa foi amplamente divulgada nesta terça-feira (28), quando foi apresentada no evento “Empregabilidade Jovem”, no Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), em São Paulo (SP). A informação é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) e foi divulgada pela subsecretária de Estatística e Estudos do Trabalho, Paula Montagner.

“Já atualizamos os dados na apresentação. (1º trimestre de 2023 havia 4.888.783 pessoas de 14 a 24 anos que não estudavam nem trabalhavam e no 1º trimestre de 2024 eram 4.621.964 jovens, indicando que houve uma pequena diminuição dos que não estudaram, não trabalharam e não procuravam trabalho)”, dizia trecho da nota.

O estudo também inclui informações sobre o mercado informal. Em 2024, dos 14 milhões de jovens empregados entre os 14 e os 24 anos, 45% estarão no sector informal. A pesquisa também mostrou que recentemente houve um aumento no número de aprendizes e estagiários no país. No caso dos aprendizes, só entre 2022 e 2024 houve um aumento de 100 mil jovens que se tornaram aprendizes. Em abril deste ano já eram 602 mil, o dobro do número de 2011.

Programas

Para tentar reduzir o número de jovens que abandonam o ensino médio, o governo federal lançou recentemente o Programa Nestlé, que oferece incentivos financeiros para que jovens de baixa renda permaneçam matriculados nas escolas. O programa prevê o pagamento de incentivos anuais de R$ 3 mil por beneficiário, podendo chegar a R$ 9,2 mil nos três anos do ensino médio, com acréscimo de R$ 200 para participação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) na última série.

Números

Cerca de 17% da população brasileira é formada por jovens entre 14 e 24 anos, totalizando 34 milhões de pessoas. Desse total, 14 milhões de jovens tinham emprego no primeiro trimestre deste ano.

Entre os jovens ocupados, 45% eram informais, o que corresponde a 6,3 milhões de indivíduos. Esse percentual é superior à média nacional, atualmente em 40%, segundo a subsecretária de Estatística e Estudos do Ministério do Trabalho e Emprego, Paula Montagner.

Os jovens que só estudam somam 11,6 milhões de pessoas e o número de desempregados nesta faixa etária chegou a 3,2 milhões em 2024.