Falso corretor vendia imóveis ocupados para juízes recém-empossados

Um falso corretor de imóveis e um cúmplice são investigados pela Polícia Civil (PCDF) por fraudar quase 20 moradores do Distrito Federal. Entre as vítimas está um grupo de juízes recém-empossados ​​do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Victor Rodrigues de Menezes se passou por vendedor de imóveis de alto padrão na capital e obteve mais de R$ 135 mil de lucro.

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Na manhã desta quinta-feira (9/5), policiais civis da 5ª Delegacia (área central) cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços vinculados aos investigados, incluindo uma imobiliária. A polícia pediu à Justiça o bloqueio de R$ 266 mil das contas bancárias dos acusados ​​para garantir indenização às vítimas.

Victor agiu de forma semelhante em todos os casos, utilizando técnicas sofisticadas para escapar da polícia. Segundo as investigações, os acusados ​​abordaram as vítimas oferecendo imóveis de alto padrão no Condomínio Brisas do Lago, localizado no Setor de Clubes Esportivos Sul, Seção 4. Os contratos eram atrativos e com preços abaixo do mercado. Os imóveis variavam entre R$ 4.700 e R$ 5.500. Segundo a PCDF, para dar uma aparência de legitimidade, Victor assinou os contratos eletronicamente e encaminhou os documentos aos compradores.

Com o contrato assinado, Victor exigiu o pagamento antecipado via Pix. Após o pagamento do valor, ele ainda conversou com as vítimas, dando detalhes dos imóveis e a data de entrada no apartamento. O delegado responsável pelo caso, Rafael Catunda, explica que a fraude só foi descoberta depois que os futuros inquilinos marcaram um horário para conhecer o imóvel e, ao chegarem ao local, se depararam com outros moradores. Em alguns casos, as vítimas buscaram informações do condomínio de que os imóveis nunca foram administrados por Victor.

Escapar

Após descobrirem o golpe, as vítimas tentaram entrar em contato com os acusados, mas foram ignoradas ou bloqueadas nas redes sociais. A estratégia também consistiu em desaparecer dos aplicativos e até na troca de informações bancárias.

De agosto de 2023 até o momento, a polícia tomou conhecimento de 23 ocorrências registradas contra Victor. O grupo de juízes também lesados ​​pelo golpe tentava alugar imóveis em Brasília para o curso de Formação Inicial do Judiciário Trabalhista. Eventuais vítimas dos suspeitos que ainda não registraram denúncia podem entrar em contato com a Polícia Civil para fazer denúncia.

O Correio Braziliense tenta entrar em contato com a defesa de Victor. O espaço permanece aberto para manifestações.