Duas semanas após tomar posse na Secretaria de Comunicação Social, o ministro Sidônio Palmeira já enfrenta os primeiros obstáculos na tentativa de reverter a queda na popularidade de Lula

Duas semanas após tomar posse na Secretaria de Comunicação Social, o ministro Sidônio Palmeira já enfrenta os primeiros obstáculos na tentativa de reverter a queda na popularidade de Lula


Sidônio construiu uma carreira em iniciativa privada, especialmente em campanhas para petistas na Bahia, e estréia em administração pública. (Foto: Marcelo Camargo/AgÊncia Brasil)

A queda do presidente em popularidade é a principal preocupação do Planalto Palace para as eleições de 2026 e Sidonius procura reverter esse problema. Embora ele tenha recebido Carta Branca, o publicitário está desconforto com o que considera devagar para a máquina pública, de acordo com os interlocutores, além de enfrentar uma mobilização tímida de aliados nas redes no pró-governo e na descarga na desaprovação de Lula.

Sidônio construiu uma carreira em iniciativa privada, especialmente em campanhas para petistas na Bahia, e estréia em administração pública. O atraso na entrega de peças de publicidade encomendadas às agências após a crise do PIX foi o primeiro choque da realidade na rotina de Brasília – e outros vieram em sequência.

Pedido por mais de dez dias, enquanto o governo estava desgaste por causa de um padrão que aumentou a inspeção nos movimentos financeiros, a campanha de pix ainda não foi divulgada. Dado o atraso, agora não há certeza se for divulgado. Interlocutores, o ministro da equipe e os membros estão reclamando porque não acham “razoável” que uma demanda urgente leve mais de uma semana para ser concluída. Também existem materiais que não são aprovados por Sidonius e sua equipe, que gera um “volante” de conteúdo entre o Secom e as empresas.

Atraso nas redes

Além disso, o ministro não teve amplo apoio dos aliados para alavancar a popularidade de Lula, que entrou no centro da preocupação no poder após uma pesquisa que indica na segunda -feira (49 %) numericamente acima da aprovação (47 %) pela primeira vez em o terceiro termo. Procurado, Secom não falou.

Em uma reunião virtual da PT na semana passada, Sidonio pediu mais mobilização de petistas – parlamentares e militância – e incentivou cada um a usar as redes sociais como um veículo adequado em defesa das agendas do governo. Na primeira oportunidade que os Petistas tiveram que surfar em um tema com potencial pró-governo, no sábado, com as notícias da chegada de brasileiros artesanais dos Estados Unidos, houve mais mobilização tímida do que o esperado.

Do comando do PT, ela partiu de um pedido no sábado, para que “líderes, parlamentares e consultoria” estivessem compartilhando vídeos mostrando os deportados acorrentados em Manaus, enquanto os bolonaristas estavam na posse de Donald Trump: “Este é um vídeo que precisamos de todos para publicar e compartilhar em suas redes sociais e grupos do WhatsApp ”, diz a mensagem. A ordem, no entanto, apresentava baixa adesão entre aliados.

– É um processo e estamos no começo. É educacional e as pessoas precisam ser alfabetizadas sobre esse tópico – admite o secretário de comunicação da PT, Jilmar Tatto.

Dias antes, durante a reunião virtual, o ministro pediu ao banco que sempre falasse sobre questões que exaltam o governo e confrontam a oposição. Também incentivou a comparação com o governo do ex -presidente Jair Bolsonaro e citou a oposição como um exemplo de ação coordenada nas redes.

O Planalto considera, no entanto, o banco e a militância pouco mobilizados para esse confronto de maneira organizada. O discurso de Sidoniano foi visto pelos membros do executivo como uma repreensão necessária para “acordar”.

Para os membros do comando PT, a falta de agilidade ocorre devido à formulação em excesso antes de se posicionar, que, de acordo com a avaliação, não se encaixa mais nos moldes de comunicação dos dias atuais. A festa prepara um curso para ensinar como produzir vídeos, com noções de enquadramento, dicas de tempo e fala.

“Quando você tem uma ordem unida, é para todos postar”, diz o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), o novo líder do PT na casa.

No relacionamento com os ministros, ele aceitou muito o pedido de Sidonium de encerrar a “República da Off”, referindo -se às informações transmitidas pelos membros do governo à imprensa sem identificar quem é a fonte. Entre colegas de primeiro nível, a orientação foi considerada nula e ingênua pela mesma maneira que as informações circulam em Brasília. Apesar dessas críticas, os assistentes de Lula mostraram otimismo e abertura para tratar suas diretrizes com Sidonium.

Conversas e mudanças

Com o endosso presidencial para propor mudanças na comunicação de ministérios, Sidônio reduziu o relacionamento, especialmente com as pastas de saúde e educação. Nisia Trindade e Camilo Santana têm interlocução direta com o novo ministro. A equipe de Nisia recebeu a mensagem de que as entregas para ações de comunicação precisam ser ágeis. Camilo já entregou ao ministro um compilado com obras, projetos e sugestões de “oportunidades de comunicação” em cada ação do MEC.

O presidente da Petrobras, Magda Chambriard, também esteve no ministro. Na quarta -feira, os dois conversaram com a Planalto diante do novo aumento de combustíveis. Os assistentes de Lula temem uma nova reflexão negativa sobre a popularidade do presidente. A informação é do portal o Globo.