Dólar opera em queda e vai a R$ 5,91, com política tarifária de Trump no radar; Ibovespa oscila

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O dólar cai nesta quarta-feira (22), e ficou abaixo de R$ 6 nos primeiros minutos de negociação. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, oscila entre máximas e mínimas. Os investidores continuam a avaliar a possível direção da política tarifária dos Estados Unidos com a chegada de Donald Trump como presidente.

Na véspera, Trump reforçou a promessa de impor tarifas de 10% à China e à União Europeia, além de considerar taxas de até 25% contra o México e o Canadá. A falta de medidas concretas sobre o tema beneficiou outras moedas ao redor do mundo.

Além disso, o mercado acompanha o Fórum Econômico Mundial (WEF), em Davos, na Suíça, e acompanha com atenção a evolução das contas públicas brasileiras. Na agenda, destacam-se os balanços corporativos e os dados econômicos locais e internacionais.

Às 14h50, o dólar caía 1,58%, cotado a R$ 5,9348. Na mínima do dia, foi R$ 5,9154. Na véspera, a moeda norte-americana caiu 0,18%, cotada a R$ 6,0302.

Como resultado, ele acumulou:

queda de 0,58% na semana;
queda de 2,42% no mês e no ano.

Ibovespa

Ao mesmo tempo, o Ibovespa subiu 0,07%, aos 123.416 pontos.

Na véspera, o índice avançava 0,39%, aos 123.338 pontos.

Como resultado, ele acumulou:

alta de 0,81% na semana;
ganho de 2,54% no mês e no ano.

O que está movimentando os mercados?

Os efeitos da tomada de posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos continuam a influenciar os mercados esta quarta-feira. Além das ordens executivas assinadas no primeiro dia de mandato, novas declarações de Trump sobre uma possível “tarifa” sobre outros países geraram incerteza sobre os impactos no comércio global.

Na terça-feira, durante evento na Casa Branca, Trump prometeu impor tarifas à União Europeia e afirmou que o seu governo já discute uma tarifa de 10% sobre produtos importados da China a partir de 1 de fevereiro. O republicano também ameaçou impor tarifas ao México e ao Canadá, dizendo que há preocupação com o fluxo de drogas desses dois países.

“Essa abordagem do governo Trump, de primeiro ameaçar e depois estudar se uma tarifa será realmente implementada em outras economias, levou a um enfraquecimento global do dólar”, disse Leonel Mattos, analista de inteligência de mercado da StoneX à agência Reuters. notícias. “Face ao que se antecipava, o receio era que ele tivesse uma postura agressiva no seu primeiro dia de mandato”, acrescentou. Este cenário, porém, não aconteceu.

Sobre a relação de Trump com o Brasil, continuam a ressoar as declarações recentes do republicano, quando afirmou que a relação dos Estados Unidos com a América Latina e o Brasil “é excelente”, mas destacou que a região “precisa mais dos Estados Unidos” do que o contrário .

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