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A Editorial Sul
| 1º de novembro de 2024
Originalmente previsto para ser divulgado no dia 25, o relatório foi adiado devido à greve dos servidores do Tesouro Nacional.
Foto: Freepik
Originalmente previsto para ser divulgado no dia 25, o relatório foi adiado devido à greve dos servidores do Tesouro Nacional. (Foto: Freepik)
Influenciada pelo elevado volume de vencimentos de títulos atrelados a juros básicos, a Dívida Pública Federal (DPF) caiu em setembro e ficou abaixo de R$ 7 trilhões. Segundo números divulgados pelo Tesouro Nacional, o DPF passou de R$ 7,035 trilhões em agosto para R$ 6,948 trilhões no mês passado, queda de 1,25%.
Originalmente previsto para ser divulgado no dia 25, o relatório foi adiado devido à greve dos servidores do Tesouro Nacional. O documento foi divulgado na noite de quinta-feira (31) porque, segundo a entidade, um regulamento determinava a publicação até o último dia útil do mês.
Com a queda em setembro, o DPF ficou temporariamente abaixo do esperado. Segundo o Plano Anual de Financiamento (PAF), apresentado no final de janeiro e revisado em setembro, o estoque da DPF deve encerrar 2024 entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões.
A Dívida Pública Mobiliária Interna (em títulos) (DPMFi) caiu 1,13%, passando de R$ 6,716 trilhões em agosto para R$ 6,64 trilhões em setembro. No mês passado, o Tesouro resgatou R$ 126 bilhões em mais títulos do que emitiu, principalmente em títulos corrigidos pela Taxa Selic (taxa básica de juros da economia). A dívida só parou de cair por causa da apropriação de R$ 50,03 bilhões em juros.
Através da apropriação de juros, o governo reconhece, mês a mês, a correção dos juros incidentes sobre os títulos e incorpora o valor no estoque da dívida pública. Com a Taxa Selic (taxa básica de juros da economia) em 10,75% ao ano, a apropriação de juros pressiona a dívida pública.
No mês passado, o Tesouro emitiu R$ 113,35 bilhões em títulos da DPMFi. A maior parte desse total (R$ 66,69 bilhões) ocorreu para atender à demanda por títulos corrigidos pela Taxa Selic. A emissão compensou parcialmente os elevados prazos dos mesmos títulos.
No mês passado, venceram R$ 238,39 bilhões em títulos vinculados à Selic. Com o elevado volume de vencimentos em setembro, os resgates totalizaram R$ 239,35 bilhões, valor ligeiramente inferior ao registrado em agosto, quando os resgates haviam atingido R$ 270,72 bilhões.
No mercado externo, a Dívida Pública Federal externa (DPFe) caiu 3,71%, passando de R$ 319,17 bilhões em agosto para R$ 307,34 bilhões no mês passado. A queda deveu-se ao vencimento dos títulos brasileiros em circulação no mercado internacional e à queda de 3,68% do dólar no mês passado. O dólar começou a subir em junho, influenciado pelo atraso no início da queda dos juros nos Estados Unidos e pelas eleições no país.
Divulgação parcial
Devido à greve no Tesouro Nacional, o governo não divulgou dados sobre o colchão da dívida pública (reserva financeira utilizada em momentos de turbulência ou de forte concentração de vencimentos) em setembro. A distribuição dos titulares de DPF, tradicionalmente divididos entre instituições financeiras, fundos de pensões, fundos de investimento, investidores estrangeiros e outros grupos, também não foi divulgada.
Em agosto, segundo os dados mais recentes, o colchão da dívida era de R$ 917 bilhões, suficiente para cobrir 7,64 meses de vencimentos da dívida pública. Nos próximos 12 meses, a expectativa é de vencimento de cerca de R$ 1,19 trilhão de DPF.
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Dívida Pública Federal cai 1,25% em setembro, para R$ 6,948 trilhões
01-11-2024
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