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A Editorial Sul
| 23 de dezembro de 2024
Braga Netto foi preso por participar da trama golpista que queria impedir a posse de Lula. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
A defesa do general Braga Netto enviou carta ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo a libertação do soldado da prisão. A defesa argumenta que Braga Netto não tem histórico de desobediência e elenca motivos que justificam a substituição da pena de prisão por pena alternativa.
Braga Netto foi preso pela Polícia Federal no dia 7 de dezembro sob a acusação de participar da organização golpista que, no final de 2022, se organizou para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e beneficiar o então presidente, derrotado na eleição daquele ano. eleições, Jair Bolsonaro.
Braga Netto foi ministro da Defesa de Bolsonaro e candidato a vice na chapa presidencial derrotada.
Ao STF, a defesa do general afirmou ainda que ele não demonstra risco à ordem pública e, portanto, não há necessidade de mantê-lo preso.
“O General Braga Netto é militar reformado, sem histórico de desobediência a ordens judiciais ou conduta que justifique a adoção de medida tão severa. Além disso, como já demonstrado, não há indícios concretos de que ele represente risco à ordem pública, à aplicação do direito penal ou que comprometa investigações já concluídas. Portanto, é necessário analisar a adequação das medidas alternativas, considerando que são aplicáveis ao caso concreto”, escreveram os advogados de Braga Netto.
Denúncia
O criminalista José Luís Oliveira Lima, nomeado para defender o ex-ministro, garante que a mudança na defesa não está relacionada com a possibilidade de negociação de delação premiada. Um acordo de colaboração, segundo a defesa, está fora de questão. “O general não cometeu nenhum crime, portanto não vai cooperar”, garante.
Segundo o advogado, Braga Netto não poderia implicar o ex-presidente Jair Bolsonaro, nem ninguém mais investigado, porque não teve participação no plano golpista.
“O general Braga Netto é um democrata, não participou de nenhuma reunião golpista”, argumenta.
Oliveira Lima visitou Braga Netto na semana passada, no Comando da 1ª Divisão do Exército, na Vila Militar, em Deodoro, no Rio de Janeiro. O advogado afirma que o general ficou surpreso e indignado com a prisão. O primeiro passo da defesa será pedir o depoimento do ex-ministro para esclarecer pontos que considera importantes.
A defesa nega interferência do general. O advogado afirma que as acusações se baseiam exclusivamente na versão de Mauro Cid, “um denunciante com credibilidade zero”.
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Defesa argumenta ao Supremo que general Braga Netto não tem histórico de desobediência e lista motivos para sair da prisão
23/12/2024
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