Crime organizado brasileiro fatura R$ 146 bilhões em um ano no Brasil, diz Fórum de Segurança

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A Editorial Sul

| 7 de dezembro de 2024

O PCC (Primeiro Comando da Capital) e o CV (Comando Vermelho) continuam sendo as organizações criminosas mais presentes e operacionais na maioria dos estados brasileiros

Foto: Divulgação

O crime organizado que atua no Brasil faturou R$ 146 bilhões em produtos explorados em 2022. O montante provém da produção de ouro, da fabricação de bebidas e produtos de tabaco, da extração de minérios de metais preciosos e da exploração de combustíveis e lubrificantes.

Os dados pertencem ao FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública) e foram apresentados nesta sexta-feira (06) ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).

Somente com a exploração de bebidas foram R$ 56,9 bilhões. Com fumo e cigarros, o faturamento foi de R$ 10,3 bilhões. O ouro R$ 18,2 bilhões e os combustíveis e lubrificantes renderam crimes R$ 61,4 bilhões.

Faturamento por produto:

tabaco e cigarros: R$ 10,3 bilhões
ouro: R$ 18,2 bilhões
bebidas: R$ 56,9 bilhões
combustíveis e lubrificantes: R$ 61,4 bilhões
Segundo pesquisa do FBSP, a economia dos grupos mafiosos que atuam no Brasil gira em torno de controles territoriais, lavagem de dinheiro e ativos, monitoramento penitenciário, vigilância de toda a cadeia do tráfico, desconexão entre inteligência de segurança pública e inteligência fiscal/financeira e expansão de recursos já explorados. setores econômicos.

Além disso, entre julho de 2023 e julho de 2024, o Brasil teve um prejuízo de R$ 22,7 bilhões em roubos/furtos de celulares, em decorrência de ações do crime organizado. Em golpes virtuais, via Pix, contas falsas e fraudes com cartões de crédito, além de adulterações em máquinas de cartão, o prejuízo ultrapassa R$ 48 bilhões.

Em relação às atividades do crime organizado no ambiente virtual, também entre julho de 2023 e julho de 2024, a cada hora foram feitas 4.504 vítimas de tentativas de golpes por meio de aplicativos de mensagens ou ligações no país, seja por meio de transferências, via Pix ou boletos falsos.

Em golpes financeiros cometidos por falsos centros de segurança, ocorreram cerca de 4.678 vítimas por hora. Além disso, 1.220 a cada 60 minutos sofrem golpes ou fraudes em algum investimento que fizeram após anunciarem em redes sociais ou na internet.

A partir da pesquisa, o Fórum conclui que também houve uma migração do mundo físico para o híbrido de atividades do crime organizado, agora com forte presença de crimes virtuais contra a propriedade facilitados por roubos/golpes de celulares.

O PCC (Primeiro Comando da Capital) e o CV (Comando Vermelho) continuam a ser as organizações criminosas mais presentes e atuantes na maioria dos estados brasileiros.