Coronel é investigado por ter agredido sua mulher, que é delegada no Rio de Janeiro

Coronel é investigado por ter agredido sua mulher, que é delegada no Rio de Janeiro


Os ataques do coronel Eduardo, coordenador do Departamento de Segurança Institucional do TRF-2 começaram em 2021, logo após o casamento. (Foto: Reprodução)

O Tribunal Regional Federal (TRF), da 2ª Região (Rio e Espírito Santo) afastou, por 60 dias, o Tenente Coronel Carlos Eduardo Oliveira da Costa do cargo de diretor do Departamento de Segurança Institucional (GSI) do Tribunal.

O tenente-coronel enfrenta acusações judiciais por estupro, lesão corporal e violência psicológica contra a mulher. A Corregedoria da Polícia Militar investiga o caso e acompanha o andamento do processo na Justiça, que corre sob sigilo.

Abaixo segue a nota do TRF na íntegra:

“O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) comunica o afastamento de 60 dias do Tenente Coronel Carlos Eduardo Oliveira da Costa, diretor do Departamento de Segurança Institucional (GSI) deste Tribunal. Após esse prazo, a Administração do Tribunal avaliará novamente a questão, observando especialmente a manifestação do Poder Judiciário, a respeito da denúncia apresentada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro”.

Agressões

Os ataques do coronel Eduardo, coordenador do Departamento de Segurança Institucional do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região (Rio e Espírito Santo), começaram em 2021, logo após o casamento. O caso foi revelado no Fantástico, da TV Globo, no último domingo (1º).

A deputada Juliana afirma ter sido agredida e estuprada pelo marido. Segundo ela, o tenente-coronel zombou de sua posição como chefe da Delegacia de Atendimento à Mulher.

“Ele me disse: ‘Você vê? Acertei o delegado da Deam. E o que você vai fazer? O que você vai fazer? Você é um humilde delegado interior. E trabalho com vários juízes. O que você acha? Qual é a sua palavra contra mim?’”, lembra Juliana Domingues.

No dia 9 de agosto, a equipe de reportagem do Fantástico fez o primeiro contato com Carlos. Ele ouviu o pedido de entrevista, disse que iria conversar com o advogado e não retornou. Na última sexta-feira (30), o portal de notícias g1 fez novo contato com o policial. Ele insistiu no sábado (31), mas não obteve resposta.

“Na época dos fatos eu era delegada da Delegacia de Atendimento à Mulher. Já fui delegado de 3 unidades da Deams. Na época, eu era delegado da Deam. Então isso me fez pensar muito. Antes eu tinha vergonha, porque como isso aconteceu comigo? Sou chefe de polícia. Eu trabalho com isso e tudo isso aconteceu comigo”, conta o policial.