Conselho curador do FGTS aprova mais R$ 22 bilhões no orçamento para o Minha Casa, Minha Vida

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A Editorial Sul

| 9 de agosto de 2024

Ministério das Cidades propôs aumento do orçamento do FGTS para o setor imobiliário.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Ministério das Cidades propôs aumento do orçamento do FGTS para o setor imobiliário. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) destinou mais R$ 22 bilhões do orçamento anual do fundo para financiar o Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

O complemento orçamentário foi aprovado por unanimidade em reunião extraordinária do conselho realizada nesta quinta-feira, 8. Com o recurso adicional, o orçamento destinado à habitação chegará a R$ 127,6 bilhões este ano.

A Câmara acatou a proposta do Ministério das Cidades de alteração do orçamento, dado o crescimento acelerado do lançamento de empreendimentos imobiliários enquadrados no MCVM. A complementação também foi uma solicitação das construtoras, para garantir o acesso ao crédito e evitar gargalos na abertura de novos empreendimentos.

Em evento com empresários em junho, o ministro das Cidades, Jader Filho, prometeu que não faltariam recursos para financiar a construção de imóveis no país e avisou que encaminharia proposta para aumentar o orçamento do FGTS para o setor . Na época, ele estimou algo em torno de R$ 20 bilhões a R$ 25 bilhões adicionais.

“Esses recursos nos permitirão continuar a todo vapor as contratações de unidades habitacionais financiadas pelo Minha Casa, Minha Vida”, afirmou Jader Filho, em nota, nesta sexta-feira.

“No ano passado batemos o recorde, com 491 mil unidades habitacionais financiadas pelo Minha Casa, Minha Vida. Este ano queremos muito mais e estes recursos vão ajudar-nos a atingir o nosso objetivo”, acrescentou.

“Embora amplamente esperada, a atribuição de mais recursos deverá ser positiva para o sector da construção de baixos rendimentos. O orçamento extra aprovado provavelmente eliminará o risco de falta de recursos para o ano de 2024″, apontaram os analistas Bruno Mendonça e Pedro Lobato, em relatório do Bradesco BBI.

Outros temas

O conselho também aprovou um complemento de R$ 1,05 bilhão ao orçamento de descontos, que são subsídios aplicados aos contratos do MCMV. O subsídio serve para auxiliar na entrada do financiamento e reduzir o benefício para as famílias atendidas no programa. Com isso, o orçamento de descontos passa de R$ 9,95 bilhões para R$ 11,0 bilhões em 2024.

Com a complementação, o orçamento total do FGTS para aplicação nas áreas de habitação, saneamento e infraestrutura aumentará para R$ 139,6 bilhões em 2024.