O Ministério dos Portos e Aeroportos e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) instalaram nesta quinta-feira (18/7) uma comissão sobre transporte aéreo de animais de estimação. A diretoria deverá consolidar regras mais específicas para a presença de animais em voos nacionais e internacionais. A comissão tem 30 dias para apresentar a conclusão da obra.
A iniciativa é um desenvolvimento resultante do Caso Joca, amplamente divulgado no país. O cão golden retriever morreu no dia 22 de abril depois de ter sido enviado para destino errado, no porão do avião, onde permaneceu várias horas a mais do que o previsto.
Durante a solenidade, o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, relembrou a morte do cachorro e disse que ao final dos trabalhos o colegiado deverá analisar um marco legal sobre o tema, que poderá ser implementado por meio de resoluções, portarias e, também projetos de lei a serem apresentados no Congresso Nacional.
“Descobrimos que a legislação da Europa, dos Estados Unidos e de outros países tem um verdadeiro déficit de normas que dialogem com a agenda de proteção animal, transporte aéreo e segurança e o Brasil pode dar exemplo para muitos países do mundo”, disse o ministro, que destacou que a secretaria deve trabalhar para definir também regras para o transporte marítimo de animais de estimação.
A comissão será coordenada pela Anac e contará com a participação de representantes das companhias aéreas, do Conselho Federal de Medicina Veterinária, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e dos ministérios da Saúde. Agricultura e Pecuária, Saúde, Direitos Humanos e Cidadania e Portos e Aeroportos.
“Essa legislação tem que ser feita, porque as companhias aéreas não podem agir como agem, elas fazem o que querem conosco”, disse João Fantazzini, que foi tutor de Joca e participou da cerimônia de lançamento da comissão. “Não podemos mais aceitar isso. A forma como o Joca foi levado foi fora da realidade, foi muito grave, foi muito cruel e isso precisa ser mudado. [as companhias aéreas] Têm que seguir uma legislação muito rigorosa relativamente ao transporte de animais, até porque fazem parte da nossa família”, continuou.
Uma das ações previstas pela comissão é a análise das quase 3,4 mil contribuições enviadas pela sociedade durante consulta pública lançada pela agência reguladora após o caso Joca. As colaborações recebidas pela Anac incluem sugestões de médicos veterinários, entidades da sociedade civil, associações, companhias aéreas e profissionais do setor de aviação.
Entre as sugestões apresentadas estão rastreamento de animais, presença obrigatória de veterinários nos aeroportos, transporte de animais em cabines de aeronaves, prioridade para animais no embarque e desembarque, entre outras.
O presidente da Anac, Tiago Pereira, afirmou que a construção da política regulatória levará em conta o bem-estar animal. Segundo a Anac, mais de 80 mil animais de estimação são transportados anualmente em aeronaves no Brasil.
“Aproveitamos o noivado do João [Fantazzini] tentar melhorar a nossa regulamentação, tentar considerar todos os aspectos relativos ao transporte aéreo de animais, garantir conforto, segurança, bem-estar aos animais e também garantir acessibilidade para quem pretende utilizar este serviço”, destacou Pereira.
Caso Joca
No dia 22 de abril, Joca embarcou em São Paulo com destino a Sinop, no Mato Grosso, numa viagem que duraria duas horas e meia. Mas, por engano da companhia aérea, o animal foi levado para Fortaleza. Quando o erro foi percebido, Joca foi mandado de volta ao São Paulo. Durante esta viagem, que durou cerca de oito horas, ele não sobreviveu e morreu.
A Polícia Civil de Guarulhos concluiu que o cachorro Joca morreu dentro do avião da Gol que o transportava de Fortaleza para São Paulo. O caso ocorreu em abril. O animal, da raça Golden Retriever, foi vítima de um erro no transporte aéreo. A investigação foi entregue aos tribunais.
O laudo necroscópico constatou que as causas da morte do cão foram estresse e desidratação que causaram problemas cardíacos.
Além de processar a companhia aérea Gol, responsável pelo transporte do Joca, pelo ocorrido, o dono do Joca tem realizado campanhas alertando autoridades como a Anac e a Secretaria Nacional do Consumidor, para regulamentar o transporte de animais pelas companhias aéreas.
Serão consolidadas contribuições para a construção de uma política regulatória que esclareça o que será necessário para garantir a segurança, o bem-estar, mas também o acesso das pessoas ao serviço de transporte aéreo de animais.
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