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A Editorial Sul
| 3 de outubro de 2024
Censo mostra que alunos cotistas têm maior taxa de conclusão de curso
Foto: EBC
(Foto: EBC)
O total de alunos em cursos superiores no Brasil, incluindo tanto presenciais quanto a distância, cresceu 5,6% em 2023 em relação a 2022. Segundo o MEC (Ministério da Educação), com base no Censo do Ensino Superior, há 9,9 milhões de alunos matriculados, o maior valor registrado em nove anos.
O censo mostra ainda que existem atualmente 4,9 milhões de matrículas em cursos a distância, o que representa 49% do total. Para o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), as projeções indicam que este ano os alunos dos cursos chamados EADs (educação a distância) deverão superar os matriculados nos cursos presenciais. Hoje a diferença entre as duas modalidades é de apenas 150.220 matrículas.
Educação a distância
O número de cursos EAD no país cresceu 232% no período entre 2018 e 2023. O impulso da modalidade veio com a pandemia de Covid-19 em 2020.
As instituições privadas respondem pela grande maioria dos matriculados em cursos a distância: 79,3% no total. O crescimento da modalidade de 2022 para 2023 na rede privada foi de 7,3%. As instituições públicas, por sua vez, registraram queda de 0,4% no número de vagas ocupadas na modalidade EAD, o que representa 20,7%, no mesmo período.
“O número total de alunos matriculados no ensino superior cresceu, o que é uma boa notícia para o país. Esta tendência confirma os dados da pesquisa que publicamos. Percebemos que o número de alunos matriculados em cursos a distância praticamente igualou o número de alunos em cursos presenciais, que vem diminuindo gradativamente como modalidade”, disse Celso Niskier, diretor-presidente da ABMES (Associação Brasileira de Ensino Superior Apoiadores).
“Nosso desafio é investir na qualidade do ensino a distância, que é o que permite a democratização do acesso ao ensino superior em todo o Brasil”, acrescentou o dirigente da associação.
Cotas
Além disso, o Censo 2023 do MEC revelou que 51% dos alunos cotistas concluíram os cursos, percentual superior ao dos alunos não cotistas, que ficou em 41%. A pesquisa mostrou que o Prouni (Programa Universidade para Todos) e o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) contribuíram para os índices de alunos que conseguiram concluir seus cursos.
Outro dado, medido pela primeira vez no Censo, mostrou que entre os que concluíram o ensino médio em 2022, 27% chegaram ao ensino superior no ano seguinte. Destes, o maior percentual de alunos que chegaram à terceira série está entre os estudantes do ensino médio de escolas federais, com 58%. Entre os da rede privada, 59% do total ingressaram no ensino superior.
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