A seita “Pai, Mãe, Vida”, criada pela família de Djidja Cardoso, também pode estar envolvida na morte da avó da ex-irmã do Boi Garantido. Familiares apontaram que Cleusimar e Bruno, mãe e ex-namorado de Djidja, aplicaram anabolizantes em Maria Venina, de 82 anos. A idosa morreu em junho do ano passado, em Parintins, no Amazonas.
Um familiar que não quis se identificar contou como ocorreu o incidente. “A Cleusimar fez o ritual de cura, ela expulsou todo mundo da casa da minha avó. E nesse ritual eles aplicaram uma bomba, e deram maconha para minha avó. teve um derrame”, disse ele ao programa Fantástico, da TV Globo.
No entanto, a Polícia Civil do Amazonas ressaltou que por enquanto não considera nenhuma hipótese sobre a morte de Maria Venina. “Se houvesse alguma dúvida sobre a causa, ela teria sido apresentada na hora. Caso a família tenha algum interesse em relação a alguma situação nesse sentido, deverá entrar em contato conosco e adotaremos as medidas cabíveis”, disse o delegado Danniel Antony, delegado da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros.
Entenda o caso
Djidja Cardoso foi encontrada morta em Manaus no dia 28 de maio. A principal hipótese da polícia é que a morte tenha relação com uma overdose de cetamina, que é um anestésico e analgésico veterinário, geralmente usado em cirurgias mais curtas. A Polícia Civil afirmou que o caso de Djidja está sendo tratado como morte a ser esclarecida.
Cleusimar e Ademar Cardoso, mãe e irmão de Djidja, são suspeitos de serem fundadores de uma seita religiosa responsável pelo fornecimento e distribuição de cetamina, além de incentivarem e promoverem o uso recreativo da droga. Eles foram presos.
Os fundadores da seita induziram os seguidores a acreditar que, com o uso compulsório da substância, transcenderiam para outra dimensão e alcançariam um “plano superior e de salvação”.
Segundo o vice-delegado geral Guilherme Torres, a Polícia Civil atua em diversas frentes de investigação. Um deles busca esclarecimentos sobre a morte de Djidja, conduzidos pela Delegacia Especializada de Homicídios e Sequestros. A corporação também investiga questões relacionadas a drogas e abuso de animais. Esses processos estão sendo conduzidos pelo 1º Distrito Policial Integrado (DIP) e pela Delegacia Especializada em Crimes contra o Meio Ambiente e o Urbanismo (Dema).
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