Caso Djidja Cardoso: polícia prende mãe e irmão da empresária

Caso Djidja Cardoso: polícia prende mãe e irmão da empresária



A Polícia Civil do Amazonas prendeu nesta quinta-feira (30/5) quatro pessoas suspeitas de participar de uma seita religiosa que seria responsável por distribuir e incentivar o uso ilegal de cetamina, medicamento veterinário sintético usado como anestesia em animais de grande porte.

Entre os presos estão Cleusimar Cardoso Rodrigues, 53, e Ademar Farias Cardoso Neto, 29, que são respectivamente mãe e irmão de Dilemar Cardoso, 32, conhecido como Djidja Cardoso.

Responsável pela defesa de Ademar e Cleisimar, o advogado Vilson Benayon afirmou que pedirá que mãe e filho façam exame toxicológico e exame médico para avaliar sua saúde mental.

“Vamos pedir um incidente de loucura mental, considerando que a mãe acredita que é Maria e o filho acredita que é Jesus. É uma situação muito complicada e triste”, disse.

O advogado disse ainda que ainda não teve acesso à investigação e criticou o que classificou como vazamento seletivo da investigação.

Em nota divulgada nesta quarta-feira (29), antes das prisões, Ademar e Cleusimar relataram que a família ficou consternada com a perda de Djidja e por ter que lidar com “notícias falsas e polêmicas” sobre a causa de sua morte.

E informaram também que questões sobre as circunstâncias da morte de Djidja seriam esclarecidas perante as autoridades.

Djidja foi encontrado morto em casa na última terça-feira (28). Atuou entre 2016 e 2020 como a personagem Sinhazinha do Boi Garantido no Festival Folclórico de Parintins. A apresentação é inspirada em uma história que fala sobre a morte e ressurreição de um boi que pertence a um rico fazendeiro.

Verônica da Costa Seixas, 30, e Claudiele Santos da Silva, 33, também foram presas. Ambas são funcionárias da Belle Femme, rede de salões de beleza da família. A Justiça também determinou a prisão de Marlisson Vasconcelos Dantas, que está foragido.

A reportagem não conseguiu identificar os responsáveis ​​pela defesa de Claudiele e Marlisson. Advogado de Verônica, Vilson Benayon disse que ainda não tem uma linha de defesa definida.

A polícia suspeita que a morte de Djidja foi causada por um overdose de cetamina. Porém, ainda não é possível afirmar se existe correlação entre as ações da seita e a morte da empresária. A confirmação do possível uso do medicamento será feita pelo Instituto Médico Legal.

A Polícia Civil investigava há cerca de 40 dias a existência de uma seita chamada Pai, Mãe e Vida, liderada pela família, e que estava associada a casos suspeitos de estupro e cárcere privado. Djidja Cardoso, Cleusimar Cardoso e Ademar Cardoso Neto estavam entre os investigados.

As investigações indicam que duas vítimas teriam sido mantidas em cárcere privado, nuas e privadas de higiene durante vários dias. Uma delas, que estava grávida, teria sofrido um aborto espontâneo.

“A cetamina era usada por essa quadrilha para que as pessoas pudessem entrar numa espécie de transe para, segundo eles próprios relataram, transcender a outra dimensão”, disse em entrevista à imprensa o delegado Cícero Túlio, chefe do 1º Distrito Integrado de Polícia.

Você líderes da seita persuadiram seguidores acreditar que, ao usar compulsivamente a cetamina, poderiam alcançar um plano superior, onde encontrariam a salvação.

Durante a operação realizada na tarde desta quinta-feira (30), foram apreendidos centenas de seringas, produtos para acesso venoso, agulhas e cetamina, além de celulares, documentos e computadores. Uma clínica veterinária suspeita de fornecer cetamina ilegalmente também foi alvo de buscas.

Os presos são suspeitos de crimes como tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, falsificação, adulteração de produtos destinados a fins terapêuticos e medicinais, aborto provocado sem consentimento da gestante, estupro de vulnerável, charlatanismo, feitiçaria, sequestro, cárcere privado e contenção ilegal.



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