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A Editorial Sul
| 12 de dezembro de 2024
Texto segue para o Senado
Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Texto segue para o Senado
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (12) a castração química de pedófilos. Foram 367 votos a favor, 85 contra e 14 abstenções. A proposta foi inserida durante a votação de um projeto que altera o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) para estabelecer um cadastro nacional de pedófilos. O texto agora segue para o Senado.
No âmbito do projeto, o cadastro permitirá a disponibilização de dados sobre condenados com trânsito em julgado por crimes relacionados ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. Caberá ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) centralizar as informações em uma plataforma com os dados de qualificação do condenado, incluindo fotografia.
Em novembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia sancionado uma lei com o mesmo conteúdo. A Lei 15.035/2024 inclui no Código Penal autorização para realização de busca pública por meio do nome completo e número de inscrição no CPF (Cadastro de Pessoa Física) dos condenados pelos crimes de estupro, estupro de vulnerável, exploração sexual de criança e adolescentes e exploração da prostituição, além da realização de filmagem e divulgação de vídeos íntimos de terceiros sem autorização.
Jabuti
Inicialmente, a proposta de castração química foi apresentada como emenda do plenário. A relatora do projeto, delegada Katarina (PSD-SE), rejeitou a proposta por violar o acordo dos líderes para votação do texto principal.
“Devido ao acordo político alcançado no Plenário, para que o texto principal seja aprovado, rejeitamos a alteração”, explicou.
Com a rejeição, foi apresentado destaque pelo PL, para votação da castração química. A inclusão foi criticada em plenário. A delegada-adjunta Adriana Accorsi (PT-GO) reiterou que o destaque não fez parte do que foi pactuado pelos líderes partidários. “Essa votação é um desrespeito à minha colega delegada Katarina, que afirmou aqui que essa emenda não fazia parte dos projetos de lei acordados pelos dirigentes”, pontuou.
Debate
A deputada Lídice da Mata (PSB-BA) disse que a castração química não contribuirá para a proteção de crianças e adolescentes, uma vez que os pedófilos podem utilizar outros meios, inclusive virtuais, para cometer violência sexual contra crianças e adolescentes.
“O estupro hoje ocorre de diferentes maneiras. Existe até estupro virtual. Portanto, resolver a questão peniana, como alguns dizem aqui, não resolve a mente do estuprador ou sua capacidade de prejudicar uma criança. Quando, porém, uma criança é estuprada e engravida do estuprador, a maioria defende que a criança deveria ser forçada a ser mãe”, disse o deputado referindo-se à tentativa dos parlamentares de votar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 164/2012, que proíbe o aborto legal no Brasil.
A deputada Talíria Petrone (Psol-RJ) também se pronunciou para criticar a medida, classificando-a como farsa. Talíria, que é mãe de uma menina de quatro anos, disse que a iniciativa é hipócrita e visa promover o populismo criminoso.
“Este artigo é uma farsa”, disse ele. “As políticas públicas precisam resolver concretamente o problema da violência sexual contra crianças, que é uma epidemia, um drama no Brasil. Isto envolve primeiro a prevenção. Primeiro tenho que evitar que meninas e crianças sejam estupradas, com educação sexual nas escolas, prevenção, campanhas e, depois, responsabilizar o agressor. O estupro e a violência sexual estão relacionados ao poder e não adianta castrar um homem porque ele continuará sendo um agressor, violando essas crianças de outras formas. O que está acontecendo aqui é uma farsa”, criticou o deputado.
O deputado Sanderson (PL-RS) defendeu a iniciativa, com o argumento de que a castração é adotada em outros países, como Estados Unidos, Rússia, Polônia, Israel, Indonésia, entre outros.
“Este é um projeto importante. É uma medida menos grave, porque o ideal seria a pena de morte para os pedófilos. O código penal ainda não inclui o tipo penal de pedofilia. Utilizamos o estupro de vulnerável, para o qual a pena é de oito anos”, disse. “A castração química vai dar resultado positivo, acabando com essa febre pedófila”, disse.
Atualmente, não há previsão específica para pedofilia no Código Penal. Pelo texto aprovado, a castração química será aplicada cumulativamente às penas já previstas para os crimes de violência e exploração sexual previstos tanto no Estatuto da Criança e do Adolescente quanto no Código Penal.
De acordo com os destaques aprovados, a medida será realizada por meio do uso de medicamentos inibidores da libido, nos termos regulamentados pelo Ministério da Saúde, observadas as contraindicações médicas.
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Câmara dos Deputados aprova castração química de pedófilos
12/12/2024
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