Caixas-pretas do avião da Embraer que caiu no Cazaquistão chegam ao Brasil

Caixas-pretas do avião da Embraer que caiu no Cazaquistão chegam ao Brasil


A aeronave, fabricada pela Embraer, havia saído de Baku, capital do Azerbaijão, e tinha como destino a cidade russa de Grozny

Foto: Divulgação

A aeronave, fabricada pela Embraer, havia saído de Baku, capital do Azerbaijão, e tinha como destino a cidade russa de Grozny. (Foto: Divulgação)

Chegaram ao Brasil caixas pretas contendo gravações da cabine do avião da Embraer que caiu no Cazaquistão na semana passada. O material será analisado por técnicos da FAB (Força Aérea Brasileira).

A chegada das caixas foi confirmada pela FAB nesta quinta-feira (2). A aeronave decolou de Baku (Azerbaijão) no dia 25 de dezembro e caiu ao tentar pousar em Aktau, no Cazaquistão.

O avião Embraer 190 da Azerbaijan Airlines tinha como destino a cidade de Grozny, capital da república russa da Chechênia, mas foi forçado a fazer um pouso de emergência perto de Aktau. No total, 38 pessoas morreram e outras 29 ficaram feridas.

As caixas pretas serão analisadas pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) – órgão oficial brasileiro considerado referência mundial nesse tipo de investigação.

Segundo a FAB, investigadores do Cazaquistão, Azerbaijão e Rússia virão ao Brasil para acompanhar os trabalhos. Todos seguirão o processo de exclusão de dados. As informações extraídas serão entregues à Autoridade de Investigação de Acidentes de Aviação do Cazaquistão – órgão responsável pela análise e investigação do acidente.

Putin pediu desculpas pelo “incidente trágico”

A suspeita é que o fogo russo derrubou o avião. No sábado (28), o presidente russo, Vladimir Putin, ligou para seu homólogo azerbaijano, Ilham Aliyev, e pediu desculpas pelo que chamou de “incidente trágico” no espaço aéreo russo.

Putin não assumiu a responsabilidade pela queda da aeronave, mas, segundo o Kremlin, disse que, naquele momento, três cidades russas estavam sob ataque de drones ucranianos e que os sistemas de defesa agiram para repelir esses ataques.

“O domínio das tecnologias de animação em realidade virtual em três dimensões (3D), com visualização completa do voo, permite aos pesquisadores compreender com maior precisão diversos parâmetros como a trajetória da aeronave, velocidade, altitude, funcionamento do sistema e funcionamento dos controles de voo ”, afirmou a FAB em nota.