Brasil tem 3,4 milhões de alunos com deficiência, mostra Censo Escolar 2024

Ouça esta notícia clicando aqui

O Brasil tem 3.474.886 alunos com deficiência matriculados em escolas estaduais e municipais, públicas e privadas, segundo dados do Censo Escolar 2024 publicados na edição da última segunda-feira, 30/12/2024, do Diário Oficial da União (DOU).

Houve crescimento na comparação com 2023, quando foram matriculados 2.970.254, e com 2022, que registrou 2.567.298 alunos com deficiência.

Os números referem-se às matrículas em creche, pré-escola, ensino fundamental e médio (incluindo ensino médio integrado e ensino normal), no ensino regular, no ensino especial e na Educação de Jovens e Adultos (EJA) presencial, nos níveis primário e secundário. educação (incluindo a EJA integrada à educação profissional) nas redes estaduais e municipais, urbanas e rurais, tanto em tempo parcial quanto em tempo integral, além do total de matrículas nessas redes de ensino.

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC) e organizador do estudo, “a mais completa divulgação de dados, com todas as redes de ensino e todos os tipos de serviço e modalidades , e de forma contextualizada” será feita no dia 31/01.

O Censo Escolar é o principal levantamento estatístico da educação básica. Coordenado pelo Inep, o trabalho é feito em colaboração com as secretarias estaduais e municipais de Educação e com a participação de todas as escolas públicas e privadas do país.

Oficialmente, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país tem 18,6 milhões de habitantes com deficiência, mas os resultados do Censo 2022 específico para pessoas com deficiência podem alterar esse número.

Números diferentes

Um estudo realizado pela Equity.info fornece números diferentes. Em vez dos 3,7% de estudantes da educação básica, registrados no último Censo Escolar, seriam 12,8%, segundo a pesquisa.

Como o total de estudantes brasileiros na educação básica gira em torno de 47,3 milhões, haveria, portanto, mais de 6 milhões com algum tipo de deficiência ou distúrbio de aprendizagem, e não perto de 1,8 milhão, como mostram os dados oficiais.

Assim, são quase 4,3 milhões de crianças e jovens não contabilizados nas políticas públicas ligadas à educação especial e inclusiva, que deveriam envolver, por exemplo, a formação de educadores, a contratação de profissionais especializados para atender os alunos e a adequação da infraestrutura escolar. .

Equidade.info é uma iniciativa vinculada à Faculdade de Educação da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, com apoio do Stanford Lemann Center, que desenvolve pesquisas de políticas públicas para a educação brasileira, e da Fundação Itaú. (Estadão Conteúdo)

Voltar Todos do Brasil