Brasil já registrou mais de 154 mil focos de calor este ano

Brasil já registrou mais de 154 mil focos de calor este ano


Os dados são do Programa Queimadas, do Inpe

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Brasil iniciou o mês de setembro com mais de 154 mil focos de calor registrados este ano, segundo o Programa Queimadas, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O maior número de frentes de incêndio está na Amazônia, que responde por 42,7% dos focos registrados no domingo (1º) e nesta segunda (2).

Segundo o Inpe, como esses dados são gerados por imagens de satélite, que variam na captação de áreas entre 375 metros quadrados (m²) e 4 quilômetros quadrados (km²), cada foco pode representar uma ou várias frentes de incêndio ativas. Da mesma forma, uma frente de incêndio muito grande pode ser capturada por mais de um satélite e representar mais de uma fonte de calor.

Na comparação com os dados divulgados no último boletim do MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas), neste sábado (31), os focos de calor continuam avançando pelos biomas brasileiros, em relação ao registrado até 27 de agosto, até quando apenas mais de 112 mil focos de calor já foram detectados no país.

Embora a Amazônia seja o bioma mais afetado, devido à extensão de seu território, o município mais afetado foi Corumbá, no Mato Grosso do Sul, onde o bioma predominante é o Pantanal e foram detectados 4.245 surtos. O segundo município mais afetado foi Apuí, no Amazonas, onde ocorreram 3.401 surtos até 27 de agosto.

Segundo o Laboratório de Aplicações Ambientais por Satélites da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a área da Amazônia já consumida pelo fogo em 2024 ultrapassou 5,5 milhões de hectares e o Pantanal já perdeu 2,5 milhões de hectares nesta época. Domingo.

Lutar

O MMA informou que 1.468 brigadas do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) trabalham atualmente na Amazônia.

No Pantanal, esses órgãos trabalham com 391 profissionais, além de outros 343 das Forças Armadas, 79 da Força Nacional de Segurança Pública e dez da Polícia Federal. Também estão sendo utilizadas 18 aeronaves e 52 embarcações do governo federal.

Na última terça-feira (27), o Supremo Tribunal Federal determinou prazo de 15 dias para que o governo federal aumente o número de pessoas e equipamentos para combate a incêndios no Pantanal e na Amazônia. No dia 10 de setembro, o cumprimento da medida deverá ser avaliado em audiência de conciliação que tratará de três ações de descumprimento de preceitos fundamentais que tratam do tema.