Bolsonaro em Juiz de Fora: O sistema não me quer preso, mas morto

Bolsonaro em Juiz de Fora: O sistema não me quer preso, mas morto


Bolsonaro se emocionou ao participar de uma moto tradicional.

Foto: Reprodução

Bolsonaro se emocionou ao participar de uma moto tradicional. (Foto: Reprodução)

Seis anos depois do esfaqueamento nas eleições de 2018, o ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a Juiz de Fora, em Minas Gerais, na sexta-feira (6), para comemorar o que chamou de “aniversário do renascimento”. Em plena eleição municipal, Bolsonaro se emocionou ao participar de uma tradicional moto que saiu da zona sul do município em direção à região central. Além de apoiadores, estiveram presentes a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal mineiro Maurício do Vôlei.

Em diversos momentos, apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) buzinaram e gritaram apoio ao adversário. As interações enfatizaram os presentes, que responderam com complementos como “na cadeia”.

Bolsonaro voltou à esquina das ruas Halfeld e Batista de Oliveira, onde foi esfaqueado por Adélio Bispo de Oliveira há exatos seis anos. Esta é a primeira vez que Bolsonaro passa o dia 6 de setembro —data do esfaqueamento— em Juiz de Fora desde 2018.

Em 2022, o então candidato à reeleição realizou dois eventos na cidade no início de sua campanha, em julho e agosto. Numa das ocasiões, chegou a visitar o hospital Santa Casa de Misericórdia, onde foi submetido a uma cirurgia de emergência logo após o esfaqueamento.

Nesta sexta-feira, a carreata seguida de ato foi realizada ao lado de seu candidato a prefeito de Juiz de Fora, o ex-deputado federal Charlles Evangelista (PL). A cidade é comandada atualmente por Margarida Salomão, cuja reeleição é prioridade para o PT.

A prefeita é a favorita na disputa de outubro, pois já ocupa a sede municipal. Em 2022, a cidade localizada próxima à divisa com o Rio de Janeiro contribuiu para a eleição de Lula (PT). O presidente recebeu a confiança de 56% dos eleitores, enquanto Bolsonaro teve 43,9%.

O ex-presidente chegou a Minas Gerais nesta quinta-feira (5), quando cumpriu agendas ao lado de seus candidatos em Belo Horizonte e nas cidades da região metropolitana, Santa Luzia e Contagem.

De Juiz de Fora, ele foi para São Paulo, onde participou de manifestação neste sábado (6) onde participou de ato contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na Avenida Paulista. Em seu discurso, Bolsonaro voltou a defender a anistia – como havia feito em ato anterior, em fevereiro – e chamou Moraes de “ditador”.

Também estiveram presentes o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) – candidato à reeleição –, parlamentares e o pastor Silas Malafaia.

Os manifestantes usavam, em sua maioria, camisas amarelas da seleção brasileira e carregavam cartazes pedindo intervenção militar – o que é inconstitucional – além de criticarem o bloqueio da rede social X e pedirem anistia para os presos no dia 8 de janeiro. ataques.

“É preciso frear, através de dispositivos constitucionais, quem sai, quem rompe, os limites das quatro linhas da nossa Constituição. E espero que o Senado Federal coloque um freio no Alexandre de Moraes, esse ditador”, disse Bolsonaro em discurso a apoiadores no local.

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