Bloqueio de perfis: Supremo vai julgar na sexta recursos do X, antigo Twitter, contra ordens do ministro Alexandre de Moraes

Bloqueio de perfis: Supremo vai julgar na sexta recursos do X, antigo Twitter, contra ordens do ministro Alexandre de Moraes


Os ministros analisarão, por exemplo, se a restrição deve ser por conta ou se deve ser aplicada a um cargo específico. (Foto: STF/Divulgação)

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para iniciar nesta sexta-feira (30) o julgamento de recursos sobre o bloqueio de perfis investigados, na rede social X (antigo Twitter), por postagens envolvendo, por exemplo, atos golpistas, discursos de ódio e ataques às instituições.

Os recursos foram apresentados pela empresa contra decisões do ministro Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos que investigam a disseminação sistemática de informações falsas e ataques às instituições democráticas.

Os recursos serão julgados pela Primeira Turma do Tribunal, no plenário virtual. Os cinco ministros do colegiado poderão lançar seus votos no sistema eletrônico a partir de sexta-feira até o dia 6 de setembro.

Um dos pontos que os ministros devem discutir é se, nos casos investigados, a conta pode ser bloqueada ou se a restrição deve ser aplicada a cargos específicos.

Entre os recursos que serão analisados ​​estão os apresentados pelo próprio X.

Fechando

Após descumprir novas ordens de bloqueio de investigados no STF e ser multado, X anunciou há uma semana, em postagem em sua própria rede, que “encerrará as operações” no Brasil.

Segundo X, o serviço continuará disponível para usuários no país.

A mensagem diz que a medida será tomada em função de decisões judiciais do ministro de Alexandre de Moraes —que, em despacho, teria ameaçado multar e prender a responsável pelo escritório X no Brasil, Rachel de Oliveira Villa Nova Conceição , por descumprimento de decisões judiciais.

Dono da plataforma, o empresário sul-africano Elon Musk chegou a atacar Moraes em postagens em abril, e ameaçou reativar outras contas que haviam sido bloqueadas anteriormente – quando a rede ainda se chamava Twitter e não havia sido comprada pelo magnata. Musk começou a ser investigado pelo STF.