Arrecadação do governo federal bate recorde em junho e alcança R$ 208,8 bilhões, alta de 9%

Arrecadação do governo federal bate recorde em junho e alcança R$ 208,8 bilhões, alta de 9%


Sob o comando de Fernando Haddad no Tesouro, o governo bateu recordes consecutivos na série histórica de arrecadação.

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Sob o comando de Fernando Haddad no Tesouro, o governo bateu recordes consecutivos na série histórica de arrecadação. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

A receita do governo federal bateu recorde em junho, chegando a R$ 208,8 bilhões, segundo dados divulgados pela Receita Federal nesta quinta-feira (25).

O valor é o maior da série histórica do mês de junho, iniciado em 1995.

O total arrecadado representa um aumento real de 11% (acima da inflação) em relação ao mesmo período de 2023, e de 2,7% em relação a maio deste ano.

Segundo dados da Receita Federal, a arrecadação também é a maior da série histórica do primeiro semestre. No período, foram captados R$ 1,3 trilhão (ajustados pela inflação).

Segundo a Receita, os seguintes fatores influenciaram os resultados do mês:

– comportamento das variáveis ​​macroeconómicas;

– devolução da tributação PIS/Cofins sobre combustíveis;

– tributação de fundos exclusivos e atualização de bens e direitos no exterior;

– desastre no Rio Grande do Sul, entre abril e maio deste ano – que teve impacto dedutivo na receita.

Recordes consecutivos

O governo tem batido recordes consecutivos na série histórica de arrecadação.

Até o momento, janeiro a junho de 2024 registraram os maiores valores para os respectivos meses da série histórica que se inicia em 1995.

A arrecadação recorde ocorre após o governo aprovar uma série de projetos no Congresso em 2023, como:

– tributação de fundos exclusivos, os “offshores”;

– alterações na tributação dos incentivos (subsídios) concedidos pelos estados;

– limitação ao pagamento de precatórios (decisões judiciais), entre outros.

Déficit zero

O aumento das receitas ocorre num momento em que o governo tenta cumprir a meta de fechar o défice fiscal em 2024 – ou seja, equilibrar receitas e despesas.

Na segunda-feira (22), a equipe econômica anunciou o congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento para cumprir o marco fiscal e a meta de déficit zero.

O congelamento foi feito por conta do aumento de despesas. Até agora, a estratégia do governo tem sido equilibrar as contas do lado das receitas, aumentando as receitas.

O Ministério da Fazenda planeja um “pente fino” nos benefícios sociais que levaria a uma economia de R$ 25,9 bilhões. No entanto, novas medidas para aumentar as receitas também estão no radar.