Animais com deficiência além dos desafios: amor e parceria predominam

Animais com deficiência além dos desafios: amor e parceria predominam


Gabriela Sena*

Assim como qualquer outro animal de estimação, os animais de estimação com deficiência precisam de muito carinho, lazer, atenção e amor. Porém, devido a problemas motores ou sensoriais, requerem mais dedicação e alguns cuidados especiais para terem uma boa qualidade de vida. Por esta razão, estes animais peludos muitas vezes enfrentam grande dificuldade em encontrar famílias que queiram adotá-los.

“A resistência à adoção de animais de estimação com deficiência é, sem dúvida, ainda muito comum, talvez por serem animais que requerem mais cuidados, adaptações ao ambiente e eventuais custos”, afirma a veterinária Bárbara Lopes. Além das dúvidas em relação à criação, o preconceito também é uma das principais barreiras para esses animais, que muitas vezes são vítimas de rejeição e abandono.

Apesar das dificuldades e dos estigmas negativos, sua criação é repleta de amor e aprendizado. “Em geral, os donos de animais com deficiência passam mais tempo com eles, então o carinho, carinho e amor se tornam ainda maiores”, pontua o veterinário Rodrigo Chagas. “Dessa forma, a relação com o animal se fortalece e nos ensina diariamente a enfrentar as adversidades da vida com mais gratidão”, acrescenta Bárbara.

Causas e tipos

Existem vários tipos de deficiências em animais, que podem ocorrer por diversos motivos. Um deles são os fatores genéticos, que, como explica Rodrigo, estão associados à endogamia ou predisposições de algumas raças. “A displasia coxofemoral, por exemplo, é uma doença genética que atinge raças grandes e gigantes, como os gatos Maine Coon. Nesse caso, a deficiência é causada por alterações anatômicas nas articulações do quadril”, explica.

Fatores externos, como atropelamentos, quedas, brigas entre animais e crueldades também podem ser responsáveis ​​pelo surgimento de deficiências. “O fator que mais causa incapacidades nos animais de estimação são os maus-tratos por parte dos seres humanos, que muitas vezes provocam fraturas irreparáveis, causando paralisia nas patas dianteiras e traseiras e/ou na coluna dos animais”, lamenta Rodrigo.

“Alguns também podem ser decorrentes da idade, como perda de visão, audição e problemas de artrite, que causam dificuldade de locomoção; e doenças adquiridas, como diabetes e câncer”, acrescenta Bárbara. O labrador Toddy, de 8 anos, é um desses casos. Desde que foi diagnosticado com hemangiossarcoma no membro pélvico direito, há cerca de dois anos, o amigo peludo usa uma endoprótese na pata traseira, o que possibilita sua mobilidade.

Sua dona, Dionice Martins, 46 anos, conta que, antes de cogitar a amputação como alternativa, os médicos optaram por tratá-lo com sessões de quimioterapia e submeteram o cachorrinho a duas cirurgias. “Quando o tumor retornou pela terceira vez, foi feita uma cirurgia para retirada do tumor e colocação da endoprótese”, lembra. Segundo Dionice, o processo de recuperação de Toddy foi tranquilo e ele vive normalmente. “Ele se adaptou rapidamente ao pezinho mecânico. Ele tem uma vida normal e é a alegria da casa. Ele brinca, pula, fica em pé sobre as duas pernas e anda normalmente.”

Labrador Toddy usa endoprótese e anda com ela por toda parte

Arquivo pessoal: Dionice Martins

Identificação e cuidados

Independentemente do tipo de deficiência, realizar tratamento e acompanhamento adequado é fundamental para que a qualidade de vida do seu amigo peludo não seja comprometida. Para fazer isso, em primeiro lugar, é necessário identificar corretamente o problema. “A deficiência é perceptível quando o pet apresenta alguma alteração de comportamento, problemas de mobilidade, alterações na visão, problemas auditivos ou alterações nos hábitos alimentares”, explica Bárbara.

Agressividade ou medo repentinos, dificuldade para caminhar, falta de resposta a estímulos sonoros, alterações na pelagem e perda de apetite são sinais que, uma vez observados, devem ser levados para análise de um especialista. “É necessário procurar um veterinário para fazer exames e descobrir a causa, chegar ao diagnóstico e possível tratamento”, alerta Rodrigo.

Dependendo do tipo de deficiência, já existem tecnologias para minimizar as limitações, como cadeiras de rodas, próteses, dispositivos e rampas. “Para evitar acidentes com animais com deficiência auditiva e visual, por exemplo, contamos com coleiras vibratórias e coleiras anticolisão. Devemos também manter o ambiente seguro, sempre utilizando guia durante os passeios, além de adequar o ambiente em que o pet convive com rampas e superfícies antiderrapantes”, sugere Bárbara.

Segundo o veterinário Rodrigo Chagas, também é importante que o dono procure sempre valorizar os demais sentidos funcionais do animal. “É legal criar um sistema de toque que ajuda você a se movimentar pela casa. Os cães, por exemplo, têm o olfato muito desenvolvido, o que ajuda nas deficiências auditivas e visuais, principalmente se já convivem há algum tempo no mesmo ambiente”, aconselha.

Graças ao uso de uma cadeira de rodas, a golden retriever paraplégica Olivia, de 6 anos, consegue se movimentar com facilidade. Quando foi adotada pela gastrologista Mariana Camargo, 38, a cadela já apresentava a deficiência, que foi adquirida após um acidente na infância. “Olívia caiu de uma laje, aos três meses de idade, e seu tutor a abandonou para a eutanásia. O veterinário responsável não realizou o procedimento e a encaminhou para uma instituição, onde a atendemos e adotamos”, narra.

Golden retriever Olivia ficou paraplégica após sofrer uma queda aos três meses de idade

Golden retriever Olívia ficou paraplégica após sofrer queda aos três meses de idade

Reprodução: Instagram @oliviagoldenespecial

A pedido de médicos especialistas, Golden passou por tratamentos de fisioterapia e acupuntura. Além disso, os cuidados regulares envolvem esvaziamento da bexiga, alongamento e muitas viagens em cadeira de rodas. Além dessas medidas, o pet é cercado de carinho e cuidado. “Olívia é símbolo de força e amor e não desiste de viver. Isso nos incentiva a buscar cada vez mais qualidade de vida para ela”, finaliza Mariana.

*Estagiário sob supervisão de Sibele Negromonte



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