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A Editorial Sul
| 28 de dezembro de 2024
Moraes disse que a própria defesa “confessa o descumprimento de medidas judiciais”.
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Moraes disse que a própria defesa “confessa o descumprimento de medidas judiciais”. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou neste sábado (28) recurso da defesa do ex-deputado Daniel Silveira e manteve sua prisão. Segundo o juiz, os argumentos apresentados pelos advogados são “mero descumprimento” da decisão.
Moraes determinou a volta de Silveira à prisão após ele descumprir medidas determinadas pelo ministro. O ex-deputado ficou quatro dias em liberdade condicional. Após retornar à prisão, a defesa de Silveira disse que a determinação do magistrado que concedeu a liberdade foi escrita de forma “ambígua” e, por isso, deixou margem para interpretação.
Os advogados pediram ao ministro que reconsidere a prisão do ex-deputado. Ao analisar o recurso, Moraes disse que a própria defesa “confessa descumprimento de medidas judiciais”.
Segundo o magistrado, a ordem de proibição de sair de casa das 22h às 6h e aos sábados, domingos e feriados foi “extremamente clara”.
“Só a absoluta má-fé ou o lamentável desconhecimento da legislação processual penal podem justificar as alegações da defesa”, disse Moraes.
“Essa mesma restrição judicial (Proibição de ausentar-se da Comarca e obrigação de ir para casa à noite, das 22h às 6h, bem como aos sábados, domingos e feriados), foi recentemente determinada em mais de 1100 (mil e um cem) casos relacionados aos crimes de 01/08, todos observados integralmente e sem qualquer confusão de entendimento.”
O ex-deputado teria ido a um shopping, sem autorização, durante os quatro dias em que esteve em liberdade. Segundo informou a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro ao gabinete de Moraes, Silveira violou as regras da liberdade condicional por mais de dez horas no domingo (22). O ex-deputado voltou à prisão nesta terça-feira (24), por não respeitar as regras da liberdade condicional concedida por Moraes na última sexta-feira (20).
Ao argumentar que a decisão que liberou Silveira tinha ambiguidades, a defesa afirmou que a redação do documento implicava que, fora da madrugada, o “requerente poderia ir a qualquer lugar de Petrópolis, inclusive ao shopping, que é local público e acessível para qualquer ser vivo.”
“A expressão ‘assim como aos sábados, domingos e feriados’, segunda oração, está diretamente ligada ao horário das 22h às 6h, e não a qualquer proibição de afastamento de casa nesses dias, integralmente”, afirmou o advogados. As informações são do portal de notícias CNN Brasil.
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Alexandre de Moraes mantém preso o ex-deputado Daniel Silveira e afirma que recurso da defesa é “mero inconformismo”
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