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A Editorial Sul
| 23 de setembro de 2024
No verão passado, eventos climáticos deixaram milhões de consumidores sem energia elétrica nas regiões metropolitanas de São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro
Foto: Reprodução de TV
No verão passado, os eventos climáticos deixaram milhões de consumidores sem energia elétrica nas regiões metropolitanas de São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro. (Foto: Reprodução TV)
O setor elétrico brasileiro ainda enfrenta os efeitos de uma forte seca, que reduziu o volume de água armazenado nos reservatórios e fez com que a bandeira vermelha fosse acionada nas contas de luz, mas a aproximação do verão ressuscita um fantasma: as tempestades responsáveis por apagões estadias de longa duração nas grandes cidades.
No verão passado, os eventos climáticos deixaram milhões de consumidores sem energia elétrica nas regiões metropolitanas de São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro.
Na tentativa de minimizar as chances de repetição dos problemas vividos entre o final de 2023 e o início de 2024, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) solicitou planos de contingência às maiores distribuidoras das regiões Sul e Sudeste para enfrentar a próxima tempestade temporada. .
O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, se reuniu na semana passada com executivos de sete grandes grupos para verificar o andamento dos planos. Representantes da Enel São Paulo (SP), Light (RJ), Cemig (MG), Copel (PR), Celesc (SC), CEEE Equatorial (RS) e Rio Grande Energia (RS) estiveram na sede da agência.
“O foco é melhorar os sistemas de prevenção, a estrutura logística e a preparação das equipes de manutenção da rede, bem como os sistemas de atendimento ao consumidor”, disse Feitosa.
Ele afirmou que, até o final deste ano, a Aneel pretende aprovar uma nova regulamentação sobre apresentação de planos de contingência e resiliência climática pelas distribuidoras.
Para o próximo período chuvoso, apesar da falta de compromisso, os planos estão sendo submetidos voluntariamente ao órgão. “Esse procedimento vai virar rotina, como o que temos para o período de incêndios, quando as empresas já apresentam suas ações à Aneel”, afirmou o diretor.
Os planos de contingência procuram organizar e agilizar as ações necessárias para lidar com emergências, minimizando consequências negativas. Um dos pontos enfatizados por Feitosa é a comunicação com os consumidores.
No verão passado, houve críticas sobre a dificuldade de atendimento telefônico das distribuidoras e a demora no restabelecimento do serviço. Para o diretor, é fundamental que as empresas forneçam previsibilidade e estimativas reais de retorno do fornecimento em caso de apagões, a fim de reduzir a ansiedade e a insatisfação dos consumidores.
No primeiro semestre, a Aneel colaborou para elaborar uma proposta de regulamentação, que ainda não teve sua versão inicial divulgada e deverá passar por audiência pública. Ao fazer subsídios, a Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica) fez algumas observações.
Para a entidade, os planos de contingência deverão ser definidos por cada empresa levando em consideração as particularidades e análises de risco climático de cada área de concessão, sem regulamentação de diretrizes mínimas pela Aneel.
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Agência Nacional de Energia Elétrica pede planos de contingência contra apagões no verão
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