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A Editorial Sul
| 9 de janeiro de 2025
La Niña ocorre quando o cinturão equatorial central e centro-leste do Oceano Pacífico esfria
Foto: Reprodução
A Noaa (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos) declarou nesta quinta-feira (09) que estão oficialmente confirmadas as condições para a formação do fenômeno La Niña.
La Niña ocorre quando o cinturão Equatorial Centro e Centro-Leste do Oceano Pacífico esfria. É estabelecido quando há uma diminuição igual ou superior a 0,5°C nas águas oceânicas. O fenômeno acontece a cada 3 a 5 anos.
Segundo cálculos da NOAA, o La Niña deverá continuar até o período entre fevereiro e abril de 2025, com 59% de chance de persistência. Depois disso, espera-se que as condições regressem a um estado neutro, provavelmente entre Março e Maio de 2025, com 60% de probabilidade de transição.
Para o Brasil, os efeitos clássicos do La Niña são: aumento das chuvas no Norte e Nordeste; tempo seco no Centro-Sul, com chuvas mais irregulares; tendência de clima mais seco no Sul; condição mais favorável à entrada de massas de ar frio no Brasil, gerando maior variação térmica.
Ainda segundo Noaa, o La Niña começou em dezembro de 2024 e foi identificado por temperaturas mais frias que o normal na superfície do mar em algumas partes do Oceano Pacífico.
Na última medição, a região conhecida como Niño-3.4 estava cerca de 0,7°C mais fria, enquanto outras áreas, como Niño-4, também apresentaram valores abaixo da média. As camadas mais profundas do oceano também esfriaram significativamente, especialmente nas áreas central e oriental.
Apesar disso, os especialistas da NOAA prevêem que este atual La Niña será fraco e deverá durar todo o verão no Hemisfério Sul, com pequenas variações nas temperaturas dos oceanos.
Os modelos climáticos indicam que as águas do Pacífico permanecerão ligeiramente mais frias até ao início do outono, altura em que as condições provavelmente regressarão ao normal. Mas mesmo sendo um La Niña fraco, pode provocar alterações no clima, como já é esperado nas previsões sazonais.
Impactos diretos no Brasil
Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo, explica que o cenário atual já reflete os efeitos de um La Niña fraco e de curta duração.
“Na prática, isso significa que não mudará muita coisa em relação ao que já prevíamos. O La Niña, em geral, traz pouca chuva para o Centro-Sul, mas aumenta a chance de granizo. E é exatamente isso que estamos vendo, principalmente em São Paulo: muitas trovoadas acompanhadas de granizo, bem diferente do verão passado, quando quase não tivemos isso”, afirma.
Segundo Luengo, isso ocorre por dois motivos principais:
Primeiro, a atmosfera é mais fria, o que facilita a formação de granizo.
Em segundo lugar, o La Niña move o jato subtropical mais para o norte, aproximando-o do Centro-Oeste e do Sudeste. E esse deslocamento aumenta áreas de instabilidade, que, quando combinadas com calor e umidade, geram mais tempestades.
Ele destaca ainda que a ZCIT (Zona de Convergência Intertropical), responsável por trazer chuvas para o norte do país, já está caindo.
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