Colocar
A Editorial Sul
| 18 de outubro de 2024
Projetos enviados pelo governo ao Congresso Nacional alteram as regras para que as estatais se tornem independentes.
Foto: Divulgação
Projetos enviados pelo governo ao Congresso Nacional alteram as regras para que as estatais se tornem independentes. (Foto: Divulgação)
Os dois projetos enviados pelo governo Lula ao Congresso Nacional alteram as regras para que as empresas estatais se tornem independentes e sugerem a utilização de um dispositivo previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e na Constituição, o contrato de gestão, para que as empresas do governo se emancipam. Especialistas afirmaram, no entanto, que é neste ponto que a regra fiscal e a supervisão dos gastos das empresas podem tornar-se mais flexíveis.
O contrato de gestão visa aumentar a eficiência e a sustentabilidade das empresas públicas, mas não deve ser utilizado para retirar as empresas estatais do Orçamento tradicional, segundo o especialista em finanças públicas e presidente da Associação de Auditoria de Controlo Externo do Tribunal de Justiça . Contas Federais (AudTCU), Lucieni Pereira.
“O problema é passar a ideia de que é possível contornar o limite de despesas com pessoal, o limite da dívida pública e todos os controles públicos apenas assinando um contrato de gestão e dizendo que não é mais dependente. O conceito de empresa dependente não permite esta ideia. É irresponsável”, diz ele.
A economista Selene Peres Nunes, uma das autoras da LRF, também diz que o governo não pode usar o contrato de gestão para retirar empresas do Orçamento. “O governo não quer atacar os reais problemas de gestão das estatais e quer resolver as coisas com uma contabilidade criativa. O governo não pode adicionar ou retirar da conta (o Orçamento) o que quiser.”
A Consultoria Orçamentária do Senado destacou que o projeto não apresentava justificativa para a mudança e concluiu que o texto permite que a estatal dependente realize suas despesas como se fosse não-dependente, escapando de restrições como congelamento de gastos e obrigação de registrar despesas. despesas no sistema
Administração Financeira Integrada do Governo Federal (Siafi), que registra todas as movimentações financeiras da União.
A área técnica do Senado também concluiu que a proposta é omissa sobre se as despesas das estatais financiadas com receitas próprias estarão sujeitas a restrições orçamentárias ou não. “Em tese, o contrato de gestão permitirá à estatal dependente realizar suas despesas como se fosse não dependente”, diz nota técnica.
A tentativa do governo levantou um sinal de alerta no Congresso Nacional. Existem duas preocupações. A primeira envolve transparência, pois os projetos deixam margem para que despesas das estatais não sejam contabilizadas no Siafi. O segundo impacto é fiscal, pois o que ficou de fora do Orçamento abriria espaço para outras despesas.
A deputada Adriana Ventura (Novo-SP) elaborou um requerimento ao Ministério do Planejamento solicitando esclarecimentos e cálculos do impacto dos projetos no quadro fiscal. “O governo não só abre espaço para mais despesas, como também dificulta o monitoramento do uso desses recursos.” (AE)
Voltar para todas as políticas
A tentativa do governo de emancipar as estatais levantou um sinal de alerta no Congresso Nacional
18/10/2024
empréstimo consignado para aposentado
emprestimo consignado para aposentado
cartão consignado
app picpay
empréstimos bpc
emprestimo aposentado do inss
simular empréstimo consignado
emprestimos consignados simulação
empréstimo no picpay