Colocar
A Editorial Sul
| 21 de dezembro de 2024
Maria da Penha Maia Fernandes entrou no programa de proteção após ser vítima de ameaças na internet. (Foto: Reprodução)
Os senadores ficaram indignados com a audiência pública da Comissão de Direitos Humanos (CDH), que convidou o advogado do ex-marido de Maria da Penha, condenado por tentativa de matá-la no caso que deu nome à lei, para falar sobre supostas “ falsas acusações”. de agressão contra os homens.
A sabatina e a lista de convidados vieram do senador Eduardo Girão (Novo-CE).
A presidente da Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher (CMCVM), senadora Augusta Brito (PT-CE), está reunindo apoio de colegas para enviar uma carta ao presidente da Câmara, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), protestando contra o conteúdo dos discursos da audiência pública e pedindo que não seja reproduzida na íntegra na TV Senado.
“O discurso que ouvimos nesta audiência é algo abominável. Não se trata de dar voz ao outro lado. Quando os agressores tentam se transformar em vítimas, muitas vezes usam discurso conspiracionista”, disse Augusta ao Radar.
No último dia 14, o Ministério Público do Estado do Ceará deflagrou a operação “Câmara Eco” nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, cumprindo mandados de busca e apreensão contra suspeito de promover ameaças e campanha de ódio contra Maria da Penha no dia 14. as redes sociais.
“Esse tipo de ideia, infelizmente, acaba sendo abraçada por uma parcela da população vítima de desinformação. Em breve veremos cortes desses discursos (da audiência do CDH) nas redes sociais, alimentando cada vez mais essa ideia errônea de que a Lei Maria da Penha não veio para proteger as mulheres, mas para ser injusta com os agressores”, disse. adicionado. .
Em nota, o petista lembrou que a Justiça reconheceu as agressões e tentativas de homicídio que deixaram Maria da Penha paraplégica e a responsabilidade do ex-marido no caso.
“Mesmo assim, ainda há negacionistas que tentam distorcer esse fato e vendem nas redes sociais a tese de que o marido e outros homens condenados pela Lei Maria da Penha são vítimas de injustiça. É uma indústria que ganha dinheiro com isso e retroalimenta o inconsciente de outros homens que cometem violência contra as mulheres”, afirmou o senador cearense.
Augusta Brito concluiu declarando que não é natural “agredir, submeter ou assediar” uma mulher. “E, por isso, foi criada a Lei Maria da Penha.”
Campanha de ódio
No primeiro semestre de 2024, Maria da Penha começou a sofrer uma série de ataques de membros da extrema direita e das chamadas “pílulas vermelhas” e “masculinistas”, que se reúnem em comunidades digitais para espalhar o ódio às mulheres.
Segundo investigações realizadas pelo Ministério Público, a campanha atinge diretamente a honra de Maria da Penha, com conteúdo ofensivo e calunioso, consistindo em possíveis crimes de intimidação virtual sistemática (“cyberbullying”), perseguição (“stalking”/”cyberstalking” ), ameaça, entre outros.
A agência identificou um perfil com diversos seguidores que produz conteúdos de cunho misógino (ódio, desprezo ou preconceito contra mulheres ou meninas), distorcendo informações e atacando a farmacêutica Maria da Penha.
Segundo a investigação do MP, os riscos potenciais não se limitavam às redes sociais. A investigadora principal do caso foi até a antiga residência de Maria da Pena, no bairro Papicu, em Fortaleza, onde ela sofreu uma tentativa de homicídio em 1983.
Voltar para todas as notícias
A revolta dos senadores com reunião de comissão contra a Lei Maria da Penha
2024-12-21
empréstimo consignado para aposentado
emprestimo consignado para aposentado
cartão consignado
app picpay
empréstimos bpc
emprestimo aposentado do inss
simular empréstimo consignado
emprestimos consignados simulação
empréstimo no picpay