Um total de 51% dos brasileiros com mais de 16 anos disseram ter mais medo do que confiança em políciasegundo pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (21).
Este número ultrapassa por pouco o das pessoas que afirmaram confiar mais na polícia do que temê-la: 46%.
O instituto entrevistou 2.002 pessoas, com 16 anos ou mais, em 113 municípios do país, nos dias 12 e 13 de dezembro deste ano. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiar de 95%.
O resultado é semelhante ao aferido na pesquisa anterior em que a mesma pergunta foi feita, em abril de 2019, em meio à gestão de Jair Bolsonaro (PL). Na época, 51% disseram ter mais medo, enquanto 47% estavam mais confiar.
O pesquisador Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, afirmou que o resultado da pesquisa deve servir de alerta aos agentes de segurança. segurança mudar a maneira como eles operam.
“A população não se sente segura com a forma como a polícia trabalha, mas hoje não é o caso”, disse. “Há aqui um reconhecimento de que a forma como eles agiram historicamente tem sido preocupante, porque não é uma forma que vê segurança e direitos sociais para todos”.
Para Carolina Diniz, coordenadora de combate à violência institucional da Conectas Direitos Humanos, o medo da polícia é um fenômeno cíclico. “Essa não é uma situação que acontece agora. Em São Paulo a situação está longe de ser controlada, mas temos visto dados alarmantes ao longo da história do Brasil”.
O Pesquisa Datafolha aponta que o medo tem resultados semelhantes entre os sexos (56% entre as mulheres e 52% entre os homens). Há, no entanto, diferenças entre os negros (59%, contra 45% entre os brancos) e entre os eleitores de Lula e Bolsonaro no segundo turno de 2022 (58% no caso do primeiro e 40% no segundo). As margens de erro nestes segmentos variam de 3 a 5 cinco pontos percentuais.
Segundo Diniz, os homens geralmente são os principais alvos da violência policial, mas são eles que cuidam dessas vítimas. “São as mulheres que sofrem essa violência, que não sabem se os filhos voltarão para casa”.
No caso daqueles que confiam mais nos agentes de segurança do que temem, os maiores índices estão entre os homens (52%, contra 40% entre as mulheres), moradores da região Sul (57%), brancos (53%, contra 38 % entre negros) e eleitores de Bolsonaro no 2º turno das eleições presidenciais de 2022 (58%, contra 38% entre os eleitores de Lula). As margens de erro nesses segmentos variam de três a seis pontos.
Nas últimas semanas, o estado de São Paulo enfrenta uma crise de segurança pública com subsequentes casos de violência policial.
Em um deles, um soldado foi filmado jogando um homem em um riacho na Cidade Ademar, zona sul de São Paulo. Em outro, um estudante de medicina foi morto com um tiro disparado por um policial dentro de um hotel na Vila Mariana, também na zona sul.
Em outro episódio, um soldado, que estava de folga, matou um rapaz de 26 anos com 11 tiros no Jardim Prudência, na zona sul. Ele foi baleado enquanto tentava fugir com produtos de limpeza roubados de um mercado.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse em entrevista coletiva, no dia 18, que o estado possui um excelente efetivo policial. “Infelizmente, há desvios de conduta que serão severamente punidos. Não deixaremos nada passar despercebido. Tolerância zero para desvios de conduta.”
O Datafolha mostrou também que a maioria da população (63%) disse ter conhecimento dos casos de violência policial em São Paulocom 34% respondendo estar bem informados sobre o tema, 25%, mais ou menos informados, e 4%, mal informados. Uma parcela de 37% declarou não ter conhecimento dos casos entre aqueles de 16 a 24 anos, o índice sobe para 56%.
Entre aqueles que tiveram conhecimento dos casos recentes, 55% disseram ter mais medo do que confiança na polícia e 42%, mais confiança do que medo.
Para Lima, do Fórum, a falta geral de segurança no país contribui para que parte da população se sinta obrigada a apoiar discursos que acabam apoiando a violência policial.
Ele cita como exemplo o atual secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite. Capitão aposentado, Derrite foi questionado em podcast, em maio de 2021, sobre os motivos que o levaram a deixar a Rota. “O verdadeiro? Porque matei muitos ladrões”, disse na época.
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Segundo Lima, a pesquisa mostra que declarações desse tipo “estão afetando esse outro lado, que é a legitimidade da polícia como instituição reconhecida e responsável por garantir a segurança e a ordem públicas”.
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