200 voos foram cancelados com fechamento de Viracopos e Florianópolis

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O fechamento dos aeroportos de Florianópolis e Viracopos (em Campinas), nesta segunda-feira (8/12), causado por problemas nos pneus de dois aviões, causou efeito cascata na malha aérea brasileira, com o cancelamento de cerca de 200 voos no país .

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O Aeroporto Internacional de Florianópolis foi o primeiro a suspender suas operações, logo pela manhã. Às 7h, o Aeroporto de Zurique, concessionária que administra o local, informou que os pneus de uma aeronave Embraer 195-E2, vinda de Confins (MG), sofreram danos quando o avião pousou.

Passageiros e tripulantes deixaram o avião em segurança, mas ele acabou retido na pista até ser retirado junto com os equipamentos da companhia aérea, o que só aconteceu às 20h.

Em repetidos boletins, a concessionária informou aos passageiros que a normalização seria em breve, mas até a publicação deste texto, a Embraer permanecia nos trilhos.

“A empresa esclarece que iniciou os procedimentos para a retirada da aeronave, o que deverá ocorrer nas próximas horas”, afirmou a companhia aérea ao final da tarde. “A Azul lamenta qualquer transtorno causado e reforça que todos estão recebendo toda a assistência necessária”, disse em nota.

Até às 16h45, horário do último boletim, a concessionária informou que 87 voos foram cancelados.

À tarde, o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, a cerca de 100 km da capital paulista, ficou fechado por mais de duas horas para pousos e decolagens devido a um avião que estourou um pneu durante um pouso de emergência.

O aeroporto interrompeu suas operações às 15h31 e só voltou ao normal às 17h43, com a retirada da aeronave da pista.

Segundo o aeroporto, um cargueiro Boeing 737-4 da empresa Modern Logistics teve um pneu estourado durante a decolagem, às 12h32. O piloto declarou emergência e realizou procedimento para queimar o combustível durante cerca de duas horas voando em círculos.

Durante o pouso, às 15h30, outro pneu do lado esquerdo estourou e o trem de pouso foi danificado. O voo 9704 ia para Recife.

A concessionária Aeroportos Brasil Viracopos disse que todos os procedimentos de segurança foram acionados e uma equipe de bombeiros e ambulâncias foram posicionadas para monitorar o pouso.

O Centro de Gestão de Crises do aeroporto foi acionado para avaliar e mitigar os impactos.

A Modern Logistics disse que o piloto e o copiloto, únicos da tripulação, detectaram um problema técnico e tomaram a decisão de retornar a Viracopos e todas as medidas de segurança foram tomadas.

A empresa afirmou que está investigando o problema junto com as autoridades aeronáuticas e que aguarda novo dia e horário para decolagem.

Durante o período de fechamento, 35 voos de ida e 23 de volta tiveram que ser cancelados ou desviados do aeroporto de Campinas para outras localidades.

Em Congonhas, zona sul de São Paulo, o problema em Florianópolis afetou 15 pousos e 10 decolagens – não houve perdas devido à suspensão das operações de Viracopos.

Até às 19h15, o Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo, informava o cancelamento de 20 voos, todos com destino a Florianópolis ou vindos da capital catarinense.

No Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, até as 19h30, 11 chegadas ou partidas envolvendo Florianópolis acabaram canceladas, além de mais quatro com destino a Viracopos. Um voo teve que ser alternado.

Na Base Aérea de Canoas (RS), utilizada temporariamente durante as reformas do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, que ficou alagado durante as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em maio, um voo vindo de Campinas não decolou.

A Infraero foi questionada sobre os efeitos no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, mas não respondeu até a publicação deste texto.

Os aeroportos aconselham os passageiros afetados a entrar em contato com as companhias aéreas em busca de novas reservas ou reembolsos.