20% dos lojistas tiveram os seus estabelecimentos totalmente invadidos pela enchente em Porto Alegre

20% dos lojistas tiveram os seus estabelecimentos totalmente invadidos pela enchente em Porto Alegre


Pesquisa do Sindilojas Porto Alegre destaca impactos das enchentes para lojistas da Capital

Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini

Pesquisa do Sindilojas Porto Alegre destaca os impactos das enchentes para os lojistas da Capital. (Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini)

Em Porto Alegre, 20% dos lojistas tiveram seus estabelecimentos totalmente invadidos pela enchente, enquanto 15% afirmaram que suas lojas foram parcialmente afetadas pelas enchentes. Outros 65% afirmaram que a água não entrava nos seus estabelecimentos.

Os dados são de pesquisa do Sindilojas Porto Alegre. Entre os lojistas cujos locais de trabalho foram afetados pela enchente, total ou parcialmente, 69% responderam que já acessaram as lojas e perceberam os danos. Mais de 8% perderam tudo. Para 41% dos entrevistados, as perdas ficaram entre 50% e 75%. Danos em mais de 75% das lojas afetadas foram relatados por 19% dos entrevistados. Apenas 5% dos lojistas relataram perdas de até 10%.

Seguro contra inundações

13% dos comerciantes referiram ter seguro contra inundações nas suas empresas, 77% afirmaram não ter este tipo de apoio e quase 10% afirmaram ainda não saber se tinham seguro ou não.

Em relação a furtos, roubos ou saques, quase 4% afirmaram ter sofrido esse tipo de ataque durante a tragédia climática. Cerca de 85% não sofreram nenhum dano deste tipo e mais de 11% ainda não sabem afirmar.

Acordos trabalhistas

O Sindilojas Porto Alegre e o Sindicato dos Empregados do Comércio de Porto Alegre chegaram a um acordo coletivo emergencial no início de maio a favor da manutenção dos empregos no setor. Como resultado, criou-se flexibilidade trabalhista na relação entre empregador e empregado. Além disso, a pesquisa perguntou se os lojistas pretendem tomar alguma atitude em relação aos funcionários. A maioria – 65% – disse “sim”.

As medidas a serem tomadas são: antecipação de férias individuais (50,8%), compensação de jornada por meio de banco de horas (47,6%), demissão de empregados (39,7%), acordos coletivos de trabalho (20,6%) e férias coletivas (9,5). %).

Quanto à opção de utilizar algum auxílio do governo federal, 55,7% dos empresários responderam que precisarão. Os que disseram que podem precisar totalizaram 18,9%. Cerca de 25% disseram que não havia necessidade de usar ajuda federal.

A pesquisa foi divulgada nesta segunda-feira (3). O presidente do Sindilojas Porto Alegre, Arcione Piva, vê os dados com preocupação, pois os prejuízos são grandes. Porém, ele lembra que o setor já passou por momentos delicados, como a pandemia da Covid-19, e soube enfrentar os problemas.

“Estamos firmes na intenção de ajudar os lojistas na retomada do comércio, que foi duramente afetado pelas enchentes. O setor retalhista é resiliente. Estamos agindo para manter os empregos, fazendo acordos e pressionando o governo federal por um programa de preservação de empregos para os municípios em estado de calamidade”, disse o dirigente.