20/06/2024 – 11h24
Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Delegada Katarina recomendou aprovação da proposta
A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou projeto que transforma o feminicídio em crime autônomo, aumentando a pena dos atuais 12 a 30 anos para 20 a 40 anos de isolamento sem a necessidade de habilitá-lo para aplicação de penalidades mais severas (PL 4266/23).
O projeto altera o Código PenalO Lei de Contravenções PenaisO Lei de Execução PenalO Lei de Crimes Hediondos e a Lei Maria da Penha.
Pela legislação atual, o feminicídio é definido como o crime de homicídio qualificado. Neste caso, o facto de se tratar de um homicídio cometido devido à condição feminina da vítima contribui para o aumento da pena.
Outras medidas
A proposta prevê outras medidas para prevenir e coibir a violência contra as mulheres, tais como:
- aumenta as penas para casos de lesões corporais contra mulheres, crimes contra a honra ou ameaças e descumprimento de medidas de proteção;
- no “fora” da prisão, qualquer pessoa condenada por crime contra a mulher deverá usar tornozeleira eletrônica; Isso é
- o condenado perde o direito às visitas conjugais.
Após a proclamação da pena, o agressor perde o poder familiar, a tutela (proteção do menor) ou a tutela (proteção do adulto incapaz). A nomeação, designação ou diploma em qualquer cargo, função pública ou mandato eletivo entre o julgamento final condenação e a efetiva execução da pena.
O texto prevê ainda o cumprimento mínimo de 55% da pena de feminicídio para progressão de regime. Atualmente, o percentual é de 50%.
Para a relatora, deputada delegada Katarina (PSD-SE), os números atuais da violência contra a mulher evidenciam a necessidade de adoção de medidas mais severas e eficazes para combater a violência contra a mulher.
O feminicídio, segundo a parlamentar, é o resultado final de uma série de atos anteriores que visaram prejudicar ou subjugar as mulheres. Por isso, ela considera fundamental o aumento das penas para crimes considerados “precursores do crime de feminicídio”.
Próximos passos
O projeto já foi aprovado pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, com alterações na redação original.
A proposta ainda será analisada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara. Se aprovado, irá ao Plenário para análise.
Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição – Natalia Doederlein
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