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A Editorial Sul
| 19 de junho de 2024
No início da sessão do Senado promovida por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na manhã desta segunda-feira, Gennari sofreu assistolia fetal.
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
No início da sessão do Senado promovida por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na manhã desta segunda-feira, Gennari sofreu assistolia fetal. (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)
A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) desafiou a atriz Nyedja Gennari, que interpretou um feto abortado em performance no plenário do Senado, na última segunda-feira (17), a encenar o momento em que a filha de um parlamentar é vítima de estupro. A crítica do senador foi feita em discurso no plenário da Casa Legislativa. O tema está em destaque por conta de um projeto que ainda tramita na Câmara dos Deputados e busca equiparar o aborto em 22 semanas ao crime de homicídio simples e que teve urgência aprovada na semana passada.
“Queria até o telefone e contato daquela senhora que esteve aqui ontem encenando o que vimos. Você sabe por quê? Porque eu quero ver ela representando a filha, a neta, a mãe, a avó, a esposa de um parlamentar sendo estuprada. Quero que ela faça o ato de estupro agora. Por que não?” disse o senador.
No início da sessão do Senado promovida por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na manhã desta segunda-feira, Gennari foi submetido a assistolia fetal, procedimento utilizado por médicos para interromper uma gravidez. A atuação da atriz repercutiu negativamente nas redes sociais.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) alertou que não tolerará mais a utilização do plenário da Câmara para esse tipo de evento. O presidente da Câmara também deixou claro que também não gostou do fato de o debate ter ignorado especialistas contrários ao projeto.
Segundo Pacheco, os eventos futuros devem levar em conta todas as correntes de pensamento, além de critérios técnicos e científicos, a própria legislação vigente e, sobretudo, as senadoras.
Após repercussão, Lira adiou votação do projeto para o segundo semestre
Nesta terça-feira (18), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou a formação de uma “comissão representativa” para debater o projeto. O alagoano não especificou como o grupo será formado e informou que seu funcionamento será decidido em agosto.
“O colégio de dirigentes decidiu debater esse tema de forma ampla no segundo semestre, com a formação de uma comissão representativa”, declarou Lira. “Todas as forças políticas e sociais participarão neste debate, sem pressa e sem qualquer tipo de pressa”, acrescentou.
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Senadora diz que quer ver atriz “estuprar filha de parlamentar”
19/06/2024
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